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A dor da separação

Autor: Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo

Existe separação que é inevitável, como a morte natural, ou a evitável, que é o suicídio. Na internet, tem um vídeo muito delicado da artista mirim (na época) Bruna Marquezine, na campanha de prevenção ao suicídio, pela Polícia Militar, que eu recomendo você ver (Bruna Marquezine – comercial emocionante): youtube.com/watch.

Filhos órfãos de pais vivos é muito comum no meio onde predomina o uso de substâncias psicoativas como álcool, cocaína, crack. A decadência moral se eleva rapidamente e temos um futuro sem família para muitos.

A Terra é um planeta classificado como mundo de provas e expiações que pode se transformar em mundo de regeneração pela nossa transformação moral no bem, no conhecimento e no amor. Pode parecer justo uma separação pacífica em confronto com uma relação de conflito e vivência litigiosa e com ameaças. Se não mudamos, se não nos evangelizamos, se não fazemos a reforma íntima, continuamos escravos de nossas escolhas. Aquele que abandona agora terá no futuro semelhante prova pela lei de causa e efeito.

A história do menino de meias vermelhas, de um autor desconhecido, é bem interessante para nossa reflexão.

Certo menino sempre ia de meias vermelhas para a escola.

Era motivo de risadas dos colegas.

Ora, por que sempre a mesma meia?

Um dia um amigo lhe perguntou:

– Por que você sempre usa meias vermelhas? Isso parece ridículo.

Foi então que o menino explicou o porquê daquele hábito.

– Um domingo fui ao parque, e, para não me perder, minha mãe colocou essas meias em mim, dizendo: “Se você se perder, eu acho você pelas meias. Pode brincar à vontade”. Faz algum tempo que minha mãe saiu de casa, nos abandonou, e eu uso essas meias para que ela um dia, ao me ver na multidão, reconheça que sou eu, seu filho.

Quantas pessoas abandonam o lar e não imaginam que seus filhos esperam ser encontrados…

Separação de casamento é outra prova; nem sempre parece boa, mas as pessoas têm escolhas. Por um lado, a separação da família e, por outro, traumas causados aos filhos caso continue num casamento onde não existe mais, por exemplo, respeito. É necessário conversar sobre o assunto.

Diante desse drama, a conversa ajuda muito. É necessário partilhar com os filhos quando eles já podem entender. É indicado que seja feita pelo casal, com todos os filhos, para que não recebam a notícia de forma diferente, e para que não exista acusação de um para outro, e muito menos quando o outro está ausente.

Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é editor da EME.

O consolador – Artigos

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