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A evangelização espírita infanto-juvenil e seus objetivos

Autora: Claudia Werdine

“Entre as leis divinas, umas regulam o movimento e as relações da matéria bruta: as leis físicas, cujo estudo pertence ao domínio da Ciência. As outras dizem respeito especialmente ao homem considerado em si mesmo, nas suas relações com Deus e com seus semelhantes. Contêm as regras da vida do corpo, bem como as da vida da alma: são leis morais.”

O Livro dos Espíritos – pergunta 617

“O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual.”

O Livro dos Espíritos – pergunta 919

“O homem de bem respeita, enfim, em seus semelhantes, todos os direitos que as leis da Natureza lhes concedem, como quer que os mesmos direitos lhe sejam respeitados.”

O Livro dos Espíritos – pergunta 918

Com bases nestas informações, ficam estabelecidos como objetivos da Evangelização Espírita Infanto-Juvenil:

  • Promover a integração do evangelizando: consigo mesmo, com o próximo e com Deus;
  • Proporcionar ao evangelizando o estudo: da lei natural que rege o Universo; da “natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal”;
  • Oferecer ao evangelizando a oportunidade de perceber-se como: ser integral, crítico, participativo, herdeiro de si mesmo, cidadão do Universo, agente de transformação de seu meio, rumo a toda perfeição de que é suscetível.

Educar, pois, dentro da concepção Espírita não é só oferecer os conhecimentos do Espiritismo como também envolver o educando numa atmosfera de responsabilidade, de respeito à vida, de fé em Deus, de consideração e amor aos semelhantes, de valorização das oportunidades recebidas, de trabalho construtivo e de integração consigo mesmo, com o próximo e com Deus.

Vive-se na Terra o momento da grande transição de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração. É natural que muitos tormentos encontrem-se generalizando-se em todos os segmentos sociais, ameaçadores e desequilibrantes da estrutura emocional infanto-juvenil. Em grande parte, o fenômeno decorre como consequência da desestruturação da família, do egoísmo dos adultos que antes pensam mais em si do que na prole, nos momentos de decisão afetiva e conflitos psicológicos, dando lugar ao surgimento dos órfãos de pais vivos…

Em face dos problemas existentes, somente a Evangelização Espírita Infanto-Juvenil, através de métodos atualizados e renovação de programas, atenderá às necessidades urgentes do momento, especialmente no que diz respeito aos dramas da ansiedade, do medo e da solidão infantil, diante de uma cultura agressiva, utilitarista e competitivamente cruel.

Desenvolver no educando os sentimentos de solidariedade e cooperação, de afetividade e de compaixão, de amor e de caridade, demonstrando que o mundo não é tão mau, embora algumas criaturas se encontrem enfermas, preparando-os para ser feliz, deve ser a preocupação dos educadores. 

“É preciso cuidemos, portanto, da criança e do jovem, plantas em processo de crescimento, ainda amoldáveis e direcionáveis para o bem maior.” – Leopoldo Machado.

“O coração infanto-juvenil é abençoado solo onde se deve albergar a sementeira de vida eterna. Preservá-lo com carinho, de modo a nele ensementar os postulados libertadores do Espiritismo, é dever que não pode ser postergado pelos educadores espíritas encarregados de cuidar das gerações novas.” – Vianna de Carvalho.

Referências

Pelos Caminhos da Evangelização – FEB

Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-Juvenil – FEB

Entrevista com o Espírito Vianna de Carvalho (psicografia de Divaldo Franco – Fev./2007)

O consolador – Ano 1 – N 22 – Artigos

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