Autora: Teresinha Olivier
A minha paz vos dou. Não a dou como o mundo a dá
Jesus
Buscamos a paz. Queremos a paz. Ansiamos pela paz.
Mas onde e como a buscamos? Como a entendemos? O que é a paz para cada um de nós? Diante da incapacidade de compreender o que é a paz verdadeira, o homem a procura naquilo que o mundo tem a oferecer. Ele busca a paz que o mundo dá.
Para a maioria, a paz é entendida como a tranquilidade que o dinheiro, a saúde, o conforto material podem propiciar. Paz para a maioria dos seres, neste estágio evolutivo da humanidade, é não ter preocupações, não ter que enfrentar dificuldades, não ter que conviver com pessoas de difícil trato, é até não ter que trabalhar, ou não ter que trabalhar muito.
Paz é, enfim, para grande parte das criaturas, gozar a vida, naquilo que ela oferece em termos de satisfações pessoais e a sua paz está condicionada ao fato de que à sua volta não haja situações e pessoas problemáticas. Enfim, acham que só terão paz quando não tiverem que enfrentar conflitos e crises em suas vidas.
Mas será que tudo isso realmente propicia paz? Ou são situações momentâneas que se esvaem com facilidade? A vida é dinâmica, modifica-se constantemente, os desafios se sucedem, nos impulsionando para o enfrentamento e superação. Assim, o homem está constantemente à procura de paz e, pelas escolhas que faz, se coloca cada vez mais distante dela, criando angústias e frustrações para si mesmo.
As palavras de Jesus têm um significado muito importante para todas as épocas e, particularmente, para os dias atuais. Vivemos uma época em que existe um imenso atrativo para os prazeres materiais, através de todos os meios de comunicação. Os apelos, que levam o homem a buscar as sensações do mundo material estão cada vez mais sedutores e dão a ilusão de propiciar as satisfações que o ser precisa para ser feliz.
Essa é a paz que o mundo dá, a paz ilusória, fugaz, que na realidade não é paz, mas sensações efêmeras com conquistas passageiras. Satisfeitas umas, logo surgem outras. E o homem se apega a elas, pois está muito preso ainda àquilo que lhe fala aos sentidos. Mas não é essa paz que Jesus nos oferece. Ele nos oferece a paz que ele mesmo ensinou e exemplificou.
Esta pequena história nos dá um exemplo:
Quando Jesus falou sobre a paz que ele dá, referiu-se àquela que subsiste mesmo em meio às tempestades que acontecem muitas vezes em nossa vida. É a paz interior que permanece inalterável mesmo diante de problemas, de dificuldades, de doenças, de perdas, de incompreensões e, até mesmo diante da própria morte. Mas, como conseguir essa paz, essa serenidade, verdadeiras e inalteráveis?
É através dos ensinamentos elevados, da aquisição de valores que elevam a alma, do autoconhecimento e do trabalho interior de renovação. Através de conhecimentos que, quando bem assimilados, sentidos e vividos nos auxiliarão a enfrentarmos as tempestades naturais da vida com o entendimento de que são necessários e passageiros, e têm a finalidade de nos fazer Espíritos mais fortes e mais sábios.
A paz que Jesus dá está intimamente ligada ao conhecimento e ao sentimento daquilo que realmente somos e daquilo que deveremos ser um dia, que é a condição de espíritos perfeitos. E todos os nossos esforços devem ser dirigidos para essa finalidade maior.
Portanto, todas as situações que vivenciamos hoje, agradáveis ou desagradáveis, felizes ou infelizes, calmas ou conflituosas, devem ser vividas de forma serena, a fim de cumprirem o seu papel que é o de nos impulsionarem rumo às conquistas morais e espirituais.
Essa é uma conquista gradativa, porém, deve constante.
Dica
A autora participa semanalmente dos grupos de estudos online, abaixo. Se tiver interesse em participar também, são abertos para todos os públicos.