fbpx

A Mocidade e o Centro Espírita

A Mocidade Espírita é um departamento do Centro Espírita. Essa afirmativa parece óbvia, mas é bom deixar claro que a Mocidade deve ser vista e ver-se a si mesma como um departamento, da mesma forma que a Evangelização da Infância, o Serviço Assistencial, a Orientação Doutrinária e todas as outras atividades desenvolvidas no Centro Espírita.

Em algumas Casas Espíritas, a Mocidade está subordinada a uma Coordenação Geral de Infância e Juventude, mas ela é um Departamento ou Setor responsável pela atividade com e para os jovens.

Sendo assim, deve se fazer presente nas reuniões que envolvam assuntos de natureza administrativa e também doutrinária da Casa Espírita. Esse representante geralmente é o coordenador/dirigente da Mocidade, que é nomeado pela diretoria do Centro, e em muitas vezes, num exercício de democracia, indicado pelos próprios jovens membros da Mocidade.

Nas reuniões com os outros departamentos do Centro, a Mocidade Espírita apresenta suas propostas para apreciação e interação juntamente com os demais departamentos, criando vínculos de compromissos, ajuda e participação entre todos os trabalhadores da Casa.

A Mocidade faz parte do Centro! Isso não nos cansaremos de afirmar. Portanto, deve participar do planejamento dos eventos e das atividades sociais que são promovidas pela Casa. Deve estar integrada, propondo projetos, orientando e realizando ações em conjunto, ou seja, “fazendo parte”, sempre atenta à qualidade doutrinária da Casa e jamais estabelecer trabalhos paralelos, cooperando assim para a harmonia das tarefas na qual está inserida, dentro da ética cristã que a Doutrina Espírita resgata.

Quando a Casa oferece cursos e estudo sistematizado da Doutrina Espírita, é importante e pertinente que os jovens sejam incentivados a participar dessa atividade, não obstante já participem do grupo de estudo da Mocidade. Isso permitirá que eles colaborem de forma participativa com outros grupos de estudo da Casa.

A Juventude/Mocidade Espírita, como setor integrado à organização do Centro Espírita, necessita do apoio dos dirigentes e da equipe gestora da Instituição, visando ao adequado desenvolvimento de suas ações.

Nesse sentido, a sensibilização, presença e apoio dos dirigentes para a organização dos espaços de estudo e ação juvenil no Centro Espírita garantirão a sua realização em ambiente de apoio mútuo, favorecendo ao jovem não apenas a oportunidade do estudo e prática do Espiritismo, mas, igualmente, as orientações seguras de companheiros mais experientes.

(PAPEL DO DIRIGENTE DA INSTITUIÇÃO ESPÍRITA, in Diretrizes para Ações da Juventude Espírita do Brasil. CFN-FEB 2014)

A Mocidade Espírita é parte do Centro Espírita, e deve angariar respeito através de seus exemplos e de sua postura perante os outros companheiros de tarefas, evitando comportamentos inadequados, dando demonstrações de alegria e seriedade, honrando sempre os compromissos assumidos.

Os jovens da Mocidade devem participar de diversas atividades, mas que fique claro que não só para carregar cadeiras, fazer coro, distribuir folhetos ou copinhos d’água etc. Fatos estes que se repetidos em demasia, denotam desrespeito com sua pessoa e desconhecimento de sua função social. O jovem deve ser solicitado a cooperar com tudo isso, mas também pode ser incluído nas palestras públicas, fazendo a prece de abertura/encerramento ou desenvolvendo o tema, ou ainda nos grupos de estudo, no trabalho mediúnico, no grupo assistencial, no atendimento fraterno, na evangelização das crianças enfim em todas as atividades desenvolvidas pelo Centro Espírita.

Importante destacar que não basta pegar o jovem da Mocidade e “jogá-lo na fogueira”. É preciso sim introduzi-lo nas atividades da Casa Espírita, orientando as ações a serem realizadas.

É necessário mudar o conceito de que “o jovem é o futuro do Centro Espírita”, ele é o presente, pois o futuro depende do que fazemos hoje e não do que deixamos para amanhã. É agora, enquanto jovem, que ele está disposto ao trabalho e que, deixado para depois, resultará no prejuízo já observado em Casas Espíritas – a ausência de trabalhadores, de lideranças ativas, de força e vigor, tão necessários às demandas do trabalho espírita na atualidade.

Quando os dirigentes espíritas entenderem que a juventude não é mão de obra gratuita e nem está para substituí-lo no futuro e sim para trabalhar junto no presente, muito se ganhará não só nas instituições espíritas, mas em todo o Movimento Espírita, pois diz o ditado “o jovem não dá trabalho, ele busca”, portanto o nosso convite permanente é: trabalhemos juntos!

Espaços de integração do jovem no Centro e no movimento espírita

Com base no documento Diretrizes para Ações da Juventude Espírita do Brasil (CFN-FEB 2014), apontamos aqui algumas ações que podem ser tomadas pelos dirigentes da instituição espírita para favorecer a efetiva participação do jovem no Centro Espírita e o protagonismo juvenil tão desejado por todos.

  • Considerar a necessidade de integração do jovem nas atividades do Centro Espírita, observando algumas recomendações, que tem por base também o documento Orientação ao Centro Espírita (CFN-FEB):
    • As atividades dos jovens junto a outros setores, ou fora do Centro Espírita, devem sempre ser orientadas pelo dirigente/coordenador de Juventude ou na sua ausência pela Diretoria do Centro.
    • Oferecer aos jovens a possibilidade de formação pessoal para desempenhar atividades no Centro Espírita tais como: colaboração nas aulas para crianças, ajudar na prestação de serviços nos setores de secretaria, tesouraria, informática e atividades assistenciais, colaborar nas reuniões públicas, doutrinárias, ocupando a tribuna, realizando atividades programadas para essas reuniões e ajudando na divulgação da Doutrina.
  • Estimular a participação dos jovens na organização e gestão da Mocidade Espírita ou do Centro Espírita.
  • Estimular o conhecimento e a participação do jovem nas diversas áreas da Instituição Espírita: Comunicação Social Espírita, Atendimento Espiritual, Assistência e Promoção Social Espírita, Mediunidade, Infância e Juventude, Área de Estudos e Administração.
  • Possibilitar aos jovens a realização de ações específicas, de acordo com seu interesse como: coordenação de reunião pública de acordo com a programação do Centro Espírita; realização de palestras em reuniões públicas; apresentações artísticas coerentes com o “Plano de Trabalho para Espiritismo e Arte” (CFN-FEB 2014); atuação na área de tecnologia e comunicação nas atividades no Centro e no Movimento Espírita, entre outras.
  • Possibilitar a participação e ação dos jovens em eventos e nas instâncias de trabalho do Movimento Espírita mais amplo.

Dica

Material extraído do livro abaixo. Leia o ebook de forma gratuita:

spot_img