Autor: Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo
As principais substâncias tóxicas presentes no cigarro são: nicotina, alcatrão e monóxido de carbono; são parte de um universo que soma 4.720 substâncias, entre elas, também, acetona, arsênico, DDT (agrotóxico), formol, naftalina, amônia.
Vale ressaltar que todas as formas de utilização do tabaco são prejudiciais à saúde, o que inclui: cigarro, cachimbos, charutos, narguilé, rapé e mascado.
A nicotina absorvida interfere no funcionamento normal do cérebro – interfere com os neurônios – e gera um sentimento de euforia e excitação. Essa interferência libera endorfinas, substâncias que dão aquele prazer e bem-estar que faz as pessoas ficarem viciadas na nicotina. A nicotina também causa a liberação de adrenalina – o hormônio utilizado no reflexo de “vida ou de morte” das pessoas. Ela tem uma meia-vida no organismo do fumante de quase duas horas, quando passa seu efeito. Então, a vontade (síndrome da abstinência) volta com mais ansiedade no dependente.
As substâncias tóxicas do fumo causam prejuízos ao corpo e à mente do usuário. Essas toxinas afetam e comprometem vários órgãos do corpo humano, como nariz, boca, cérebro, pulmões, aparelho reprodutor, laringe, coração, aparelho digestivo, bexiga, rins, sendo, inclusive, as principais causadoras de cancro nos pulmões.
A nicotina é uma droga psicoativa, responsável pela maior parte dos efeitos do tabaco sobre o organismo. É um alcaloide, também é usado como inseticida!
Enquanto fuma, a pessoa tem a sensação de prazer e bem-estar. Por ser passageira, essa sensação gera ansiedade e mal-estar quando o fumante fica sem o cigarro, o que leva o dependente a sentir necessidade de consumir outro, e outro, e outro. Então, cria-se uma dependência orgânica e psicológica do fumo, aumentando cada vez mais o consumo.
O principal tratamento contra o tabagismo é o autocontrole e a determinação para deixar o vício. Em mais de 50% das pessoas que desejam parar, funciona. Principalmente, quando se aplica o lema “só por hoje não vou fumar”, e a prece.
O tratamento psicológico ou psiquiátrico com especialista em dependência química, o uso de medicamentos e o apoio e estímulo de amigos e familiares podem ajudar aos demais 50%.
Sem a vontade de parar do fumante, nada funciona.
Arnaldo Divo Rodrigues de Camargo é bacharel em direito, com especialização em dependência química pela USP/SP-GREA.
O consolador – Artigos