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A um observador materialista

Autor: Augusto dos Anjos (espírito)

*

Desde o instante infeliz de Adão e Eva,

Encontrarás teus gritos solitários,

Enfrentando o pavor da mesma treva.

*

Sempre a dúvida estranha que se ceva

De terríveis problemas multifários,

O mistério da célula primeva,

Os impulsos dos sonhos embrionários.

*

Pára, amigo… Não sigas na consulta:

O detalhe anatômico te insulta,

A molécula morta desafia.

*

Se não tens coração que aceite a crença,

Espera a mão da morte excelsa, e pensa,

Que a carne volve ao pó, exangue e fria.

Nota

A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo

Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo

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