Autora: Auta de Souza (espírito)
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Ó solitário das estradas,
Desventurado pensador,
Há no caminho “almas penadas”
Que vão clamando desoladas
A dor e o pranto, o pranto e a dor!…
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Vós, que o silêncio amais no mundo,
Em orações ao pé do altar,
Sob as arcadas silenciosas,
Almas feridas, desditosas,
Oram convosco a soluçar.
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Ao descansardes, meditando,
À sombra de árvores em flor,
Sabei que às vezes sois seguidos
Pelas angústias dos gemidos,
De almas chagadas no amargor.
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Clareie a luz do sol-nascente,
Negreje a treva na amplidão,
Gemem na Terra muitos seres
Pelos amargos padeceres
Depois da morte, na aflição.
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Dai-lhes dos vossos pensamentos
Consolação que adoce a dor,
Dai um conforto à desventura,
A prece cheia de ternura,
Algo de afeto, algo de amor!…
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo