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Amigos dos animais

Autor: Eurípedes Kuhl

Nem só injúrias físicas recebem os animais no mundo todo: muitos possuem regalias e recebem tratamento que milhares, ou milhões, de seres humanos, jamais terão em suas vidas. Naturalmente, não se condena o tratamento digno ao animal, mas sim, o exagero.

Deve ser ponderado que se alguém pode proteger e tratar bem um animal, pode também fazê-lo a pessoas, repartindo assim sua doação, equilibrando procedimentos, sob risco de, se só os animais amar, tornar-se um caso ridículo tal proteção exclusiva e fanática. Ou tornar-se misantropo (misantropia = horror à criatura humana).

O amor (exagerado) aos animais pode levar seus donos a cometer atos que, no mínimo, podemos classificar de insólitos. Vejam este: em agosto de 1998, nos EUA, um milionário pagou US$5 milhões ao diretor de clonagem da Universidade A&M, do Texas, para clonar sua cadela de estimação, Missy (uma mestiça das raças Border Collie e Alsaciano).

Animais de estimação não constituem, em nenhuma hipótese, o único endereço do amor, eis que o amor deve ser universal ‒ por todas as coisas de Deus.

Não catalogamos apenas más notícias sobre os animais: há casos específicos em que eles são amados e protegidos.

Felizmente, não são poucos os exemplos.

Vejamos alguns:

Fauna brasileira ‒ Proteção

Dezenas de pequenas iniciativas espalhadas por todo o Brasil vêm revertendo séculos de destruição ambiental que, por pouco, extinguiu espécies de belos animais da fauna brasileira.

Com inteligência, trabalho e pouco dinheiro, governo, ambientalistas e empresas estão agindo heroicamente, formando grupos voluntários de proteção a animais ameaçados de extinção, com ação nas áreas dos respectivos ecossistemas.

Em muitos casos, esses grupos agem por meio de um bom trabalho de conscientização da população local, obtendo magníficos resultados, talvez melhores que o investimento de milhões de dólares (inexistentes, aliás).

Alguns exemplos:

Bahia (Praia do Forte) – Projeto TAMAR

Criado em 1980 pelo IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), o Pro-Tamar desenvolve projeto de preservação de tartarugas marinhas. O Projeto já teria garantido o nascimento de 2,5 milhões de tartarugas. Em seus trabalhos, os técnicos do TAMAR salvam e devolvem ao mar os filhotes de cinco espécies diferentes de tartarugas marinhas. Os técnicos conseguiram colocar os pescadores a serviço da preservação ambiental: antes eles matavam as tartarugas e comiam seus ovos; agora, eles as preservam em troca de um salário.

Esse é o mais ambicioso e bem-sucedido projeto de preservação animal do país. Suas dezesseis bases, de norte a sul do Brasil, policiam 1.000 quilômetros de praias ‒ ou um oitavo de todo o litoral brasileiro

Em março de 1997, a organização ambientalista internacional WWF (Fundo Mundial para a Natureza) entregou o prêmio “J. Paulo Getty”, de US$25 mil à Fundação Pro-Tamar.

Biodiversitas

Na região de Canudos, no norte da Bahia, vive o maior bando conhecido de uma ave que já chegou a ser dada como extinta ‒ a ararinha-azul-de-lear. Ali, as taxas de mortalidade infantil são extremamente altas e falar de proteção ambiental poderia soar como absurdo. Contudo, ensinando novas tecnologias de cultivo do solo para a população miserável, em troca passaram a ser protegidas as árvores que fornecem alimentos àquelas aves (uma palmeira chamada licuri, que produz coquinhos e que era derrubada pelos agricultores da região para dar lugar a pastagens).

Parque Nacional Marinho de Abrolhos

Os atobás e fragatas (aves) no santuário ecológico do arquipélago de Abrolhos voam desordenados ante a presença do homem (5.000 turistas que anualmente visitam a região, em busca da pesca submarina), quebrando seus ovos ou abandonando os filhotes pequenos, que são devorados por predadores ou queimados pelo sol.

As tartarugas marinhas e baleias jubartes transformaram o arquipélago em verdadeira maternidade.

O ecossistema, contudo, é frágil para suportar a indústria do turismo e por isso os administradores do Parque lutam para que as visitas à área sejam limitadas.

Minas Gerais (Simonésia) – Biodiversitas

Para salvar o raríssimo mono-carvoeiro da extinção, os ambientalistas da Biodiversitas decidiram comprar uma floresta inteira (Mata do Sossego), onde sobrevivem os últimos espécimes deste macaco que é um dos símbolos da luta ambiental no Brasil.

A Biodiversitas de Belo Horizonte compilou um livro pioneiro ‒ o Livro Vermelho ‒, sobre as espécies animais brasileiras ameaçadas de extinção. A obra contempla apenas mamíferos (58 espécies), dentre elas a espécie vulnerável do cachorro-do-mato-vinagre.

NOTA: Espécies de mamíferos no mundo todo:

  • Indonésia 680
  • México 580
  • Austrália 490
  • Brasil 460

(Espécies ameaçadas no Brasil: 310).

Pernambuco (Itamaracá) – Peixe-boi

É uma espécie estranha: feio, gordo, mamífero e desajeitado – pode pesar 600 quilos -, o peixe-boi marinho estava com seus dias contados até que os pescadores pernambucanos foram transformados de inimigos em seus protetores. Esse convencimento foi obra do Centro Nacional de Manejo e Conservação dos Sirênios (sirênio é o nome científico do peixe-boi). Os pescadores soltam os animais capturados em suas redes e avisam quando filhotes ficam encalhados em bancos de areia; libertados, os filhotes do peixe-boi passam a ser alimentados com uma mamadeira. Carinhosamente.

Rio de Janeiro (Poço das Antas) – Mico-leão-dourado, o panda brasileiro

Esse mico foi escolhido pelos ambientalistas para ser o panda do Brasil ‒ uma espécie de bicho-símbolo do perigo de extinção (panda e grande-panda são ursos encontrados nas florestas da Índia e da China).

O mico é tão simpático que sua imagem ajuda a promover as campanhas pela preservação da Mata Atlântica, seu habitat. A espécie, que já foi abundante até na cidade do Rio de Janeiro, hoje não conta com mais de algumas centenas de indivíduos.

A entidade internacional ambientalista WWF (iniciais em inglês do grupo Fundo para a Vida Selvagem) vem protegendo esse animal na região da Mata Atlântica, inclusive tentando conscientizar os fazendeiros da região para transformarem suas matas em santuários para a proteção do mico.

Santuário de Fauna Ivo Pitanguy

Em 21 de abril de 1993, a TV Bandeirantes mostrou no programa Flash a criação de diversas espécies animais, bem como os métodos empregados, na propriedade do festejado internacionalmente cirurgião brasileiro ‒ Dr. Ivo Pitanguy.

O Santuário localiza-se na Ilha dos Porcos Grande, Baía de Angra dos Reis, litoral do Estado do Rio de Janeiro. Ali estão sendo criados: javalis, pacas, cotias, mutuns (ave), macacos, bovinos, galinhas, patos, perus.

Existe também um programa de proteção ao ecossistema marítimo da Baía de Angra, que sofreu sistemática predação da pesca com redes finas. Em criadouros próprios, anexos às águas marinhas, há criação de mexilhões, ostras, moluscos e peixes pequenos (garoupa, badejo quadrado etc.).

Sob responsabilidade e patrocínio do Dr. Pitanguy são ministrados cursos regulares aos pescadores da região, onde lhes são mostrados os prejuízos da pesca aleatória (redes finas), a qual afasta os peixes maiores, que partem para outras águas, distantes, em busca do seu alimento natural (o produto das redes finas).

Naquela propriedade, os animais gozam de liberdade e proteção.

As câmeras de televisão mostraram o amor do dono por eles, e a recíproca, já que os animais, à sua simples aproximação, prodigalizaram-lhe carinho (gesto que nos animais é 100% sincero).

São Paulo – Simba-Safári ‒ Animais soltos:

O Simba-Safári (Parque de Leões) é uma entidade particular instalada desde 1972 em área de 4 alqueires (96.800 m²), em São Paulo‒SP.

A filosofia do Simba é que os bichos devem ser criados soltos. Por isso, ali convivem várias espécies, em segurança: pavões, emas, macacos, quatis, antílopes, cervos, zebras, camelos, leões, tigres, ursos e aves exóticas ‒ todas em condições as mais semelhantes possíveis com seus habitats naturais. Os animais são bem tratados; ficam soltos e com isso os visitantes, sem sair dos seus carros (com os vidros fechados e lacrados), têm contato muito próximo com eles.

Conquanto os animais não tenham 100% de liberdade no Simba, ele é um protótipo de como deveriam ser os zoológicos, em cuja maioria os animais vivem em regime de clausura.

Opinamos que segregar animais em jaulas individuais, em gaiolas, em tanques d’água ou circunscrevê-los a espaços exíguos, impedindo por vezes até o acasalamento ou mesmo companhia de semelhantes é, na verdade, condená-los à prisão perpétua. Se zoológicos são indispensáveis (para evitar extinção de espécies animais), que ao menos sejam como o Simba-Safári.

Homens constroem ninhos para águias

Tentando salvar as águias da extinção, 40 delas foram criadas no Mississipi‒EUA, onde originalmente tinham seu habitat, danificado pelo pesticida DDT, altamente nocivo, proibido desde 1972. Por causa desse veneno, os ovos das águias se quebravam antes que os filhotes estivessem em condições de sobreviver.

Em 1993, com as 40 águias soltas, homens instalaram seis ninhos nas densas florestas do Mississipi, a grande altura, tentando com isso agradar, atrair e fixar as águias no seu antigo ecossistema.

Flipper ‒ retorno ao lar

O golfinho Flipper, que ficou oito anos preso no Oceanórum de São Vicente (litoral de S. Paulo), num tanque de 14m de diâmetro, trabalhando em memoráveis shows, foi reconduzido para Laguna‒SC no início de 1993, local onde havia sido capturado em 1984.

Após quatro anos e disputa judicial, Flipper foi passado, em, 1992 aos cuidados da WSPA (Sociedade Mundial Para a Proteção Animal), que investiu cerca de US$ 40 mil para libertá-lo.

Após um período de readaptação ao mar, foi posto em liberdade, tendo gravada uma bandeira brasileira em sua barbatana, para identificá-lo.

O pescador que capturou Flipper há 9 anos diz que a mãe do golfinho ainda habita a região.

A Prefeitura de Laguna decretou o local o primeiro santuário de golfinhos do mundo.

NOTA: conforme noticiado em inúmeras reportagens posteriores, Flipper voltou à praia várias vezes, em busca de alimento (peixes), festivamente ofertado por banhistas; em algumas oportunidades, verificou-se que apresentava sinais de luta, o que é normal, não só devido à sua reintegração ao mar aberto, como também nos casos de acasalamento, quando os machos defendem seu território.

Circularam notícias sobre uma possível transferência de Flipper para os EUA, onde tratadores especializados ajudariam sua sobrevivência, caso aqui no Brasil estivesse ameaçada.

Em 23 de maio de 1994, Flipper retornou a São Vicente‒SP. Na opinião do biólogo-chefe do Museu de História Natural da Unicamp, Emygdio Monteiro, as estrelas guiaram Flipper de volta a São Vicente, onde passou muitos anos e conhece bem a posição das estrelas, naquela cidade.

Outros especialistas opinaram que o golfinho apenas seguiu rotas migratórias, em busca de águas mais quentes.

Opinou um veterinário que Flipper, não sendo aceito por grupo de golfinhos, está condenado à solidão e por isso procura o ser humano.

Nobre a atitude da WSPA

  • Mas, agora, quem corrigirá o dano que a civilização causou ao solitário Flipper?

Posteriormente à sua liberdade, surgiram problemas com Flipper em praias de Caraguatatuba‒SP, onde o animal teria sido maltratado por banhistas afoitos, que tentaram montá-lo, além de introduzir palitos de sorvete em seu dorso. O golfinho reagiu e feriu alguns banhistas que, mesmo de forma inconsciente ou sem intenção, agrediram-no.

Guarani ‒ O cavalo aposentado

Não nos recordamos de emoção igual, desde o nascimento, com relação a fatos com animais, desde que ficamos sabendo que:

  • Pela Portaria 52/87, de 25 de março de 1987, expedida pelo sr. Prefeito Municipal de Jardinópolis‒SP, o cavalo Guarani foi contemplado com a aposentadoria, após 25 anos de serviços prestados na coleta de lixo domiciliar, no Distrito de Jurucê, naquele Município.

A referida Portaria assegurou ao Guarani tratamento e alimentação em condições de mantê-lo íntegro e saudável ‒ restante de existência digna.

O requerimento (verbal) para a aposentadoria do Guarani foi de autoria do então Vereador Carlos Magno Riul e o então prefeito que o deferiu ‒ o sr. José Luiz Gininho Marchió.

Esse fato, pelo seu ineditismo, mereceu multiplicadas reportagens na imprensa brasileira. O jornal norte-americano The New York Times destacou também a aposentadoria do Guarani. Brigitte Bardot, ex-musa do cinema e há tempos dedicada exclusivamente à proteção de animais, enviou um telegrama de congratulações ao prefeito de Jardinópolis.

Em nossa opinião, dois homens de coragem: o vereador e o prefeito. Com seu exemplo, demonstraram possuir sensibilidade, profundo respeito às coisas de Deus, particularmente, aos animais.

O exemplo de Jardinópolis vem frutificando por esse mundo afora, em outras prefeituras. Tais providências muito enaltecem seus agentes. Graças a Deus.

O Guarani passou a morar na Cidade da Criança ‒ Parque Municipal de Jardinópolis, onde tem um cercadinho, estando saudável (verão de 1997).

NOTAS:

  • Em 09 de maio de 1993, faleceu o sr. Gininho Marchió, cercado do maior respeito e admiração de Jardinópolis e cidades vizinhas. Em 1987, o ex-prefeito havia nos mostrado o telegrama com as congratulações de Brigitte Bardot; no início de 1993, atendeu-nos para entregar cópia dos documentos relativos à famosa aposentadoria.
  • Em 03 de março de 1999, o Jornal SP‒TV, de Ribeirão Preto‒SP e região, e no dia seguinte, o Jornal Hoje, de São Paulo‒SP (ambos os noticiosos da TV Globo) mostraram o Guarani com risco de perder a aposentadoria (no valor mensal de R$30,00 ‒ trinta reais), tendo em vista dispositivos da nova Lei da Previdência.

Jorge ‒ Honras post mortem a um cão

Na cidade de Andradas‒MG, em fevereiro de 1995, cerca de mil pessoas, além do prefeito e vereadores, compareceram ao enterro do cachorro vira-lata Jorge, no Cemitério Municipal (300 km ao sul de Belo Horizonte).

A banda municipal tocou a marcha fúnebre e houve um clima de grande comoção, pois o animal era muito querido na cidade.

Rosita ‒ Mula é condecorada pelo Exército argentino

A mula Rosita, de 24 anos, foi condecorada em junho de 1996 pelos serviços prestados durante mais de duas décadas no Regimento de Infantaria de Montanha 22, na província de San Juan, Argentina.

O Comandante do Regimento, tenente-coronel Raúl Corletti, também aposentou Rosita, que então superava em quatro anos, a média de vida das mulas.

Animais: cabos eleitorais? Casimiro ‒ Um urubu

Pains, cidade mineira de 12 mil habitantes, tinha, até maio de 2000, um simpático urubu de 3 anos, chamado Casimiro, que depois de domesticado foi solto, passando a conviver com os habitantes.

A ave andava na praça sem ser incomodada e participava de festas e enterros, sendo destaque do bloco carnavalesco Nostravamos. A popularidade de Casimiro era tanta que, numa eleição, dois candidatos à vereança local, adotaram seu nome e com ele registraram suas candidaturas.

Mesmo contra a vontade do padre, Casimiro costumava entrar na igreja. Dizem, na cidade, que a birra do padre devia-se ao fato de, certa vez, a ave ter invadido uma missa com as asas abertas quando os fiéis abriam os braços para rezar o Pai Nosso.

Em maio de 2000, Casimiro morreu. Aparentemente, por vandalismo.

A TV Globo, sempre tão criteriosa em seus telejornais, mostrou para todo o Brasil como foi o enterro do Casimiro: num caixãozinho branco, cheio de flores, com grande acompanhamento popular, numa inequívoca demonstração de quanto a ave era querida em Pains.

A Revista Veja de 17 de maio de 2000 noticiou a morte do Casimiro, registrando que, segundo um locutor da Rádio FM local, o urubu era o mais famoso conterrâneo de Pains.

Obs.: Estamos redigindo este tópico sobre o Casimiro com o maior carinho e respeito pelos habitantes de Pains, pois identificamos que são pessoas bondosas e protetoras de animais, pelo inédito gesto de eles ampararem e tratarem com dignidade aquela ave.

A propósito, recordamo-nos de que quando ainda éramos criança, vimos uma reportagem numa revista nacional, em que um comentarista propunha que o urubu fosse o animal símbolo do Brasil, pelos extraordinários e utilíssimos serviços que tal ave presta a toda a humanidade. Sempre que podemos, mencionamos essa reportagem, enaltecendo o valor dos urubus.

NOTA: Com a força da verdade, citamos fatos ligados ao Culto do Evangelho no Lar, que a maioria das famílias espíritas realiza, ao menos uma vez por semana:

  • Em nossa casa tivemos, dentre outros gatos, Juju, uma linda e inteligentíssima gata semi angorá. Enquanto viva, tomava parte do nosso Culto no Lar, pois aproximava-se e só nos deixava após a prece final. Sempre tivemos gatos, mas somente Juju era pontual nesses felizes momentos;
  • Duas amigas da nossa família, quando em seus lares oravam o Culto no Lar, percebiam, uma, que seu canário, ao ouvir a música suave, começava a trinar maviosamente, como que feliz, assim não procedendo quando as mesmas músicas eram ouvidas, em outros horários; outra, via um sapo do seu jardim entrar na sala e ali ficar, imóvel, silencioso, só se retirando ao final da prece.
  • Outro amigo contou-nos que sua cachorrinha Nina, da raça poodle, chegou até ele quando foi com a família para escolher um filhote, dentre seis; ao se aproximarem da ninhada, a Nina (esse passaria a ser seu nome) atirou-se em suas mãos e não o deixou. Resultado: foi a escolhida. (Ou será que ele é que foi adotado por ela?). Depois, quando cresceu, Nina passou a participar do Culto do Evangelho no Lar, semanal: vinha pontual e espontaneamente para junto da família em preces, mantendo-se imóvel, até a oração final.

Talvez tais fatos se expliquem pela percepção espiritual que os animais têm do Plano Espiritual, percepção essa que, sem representar mediunidade, no entanto deixa a descoberto que os seres vivos captam determinadas vibrações espirituais, calcadas no Bem, que lhes acalma. Mas também, se contrárias à paz, irrita-os, pois não é raro percebermos que alguns animais, sem motivo aparente, mudam de comportamento, tornando-se inquietos e por vezes, agressivos ‒ diferentemente de suas características normais.

Leader ‒ Um cãozinho schnauzer famoso

(Schnauzer = raça de cão de guarda, origem alemã, muito semelhante à raça terrier).

Nos EUA, o cão Leader, de Bob Dole (candidato à Presidência dos EUA nas últimas eleições em 1996), não conseguiu, como seu dono, subir sozinho ao seu pódio, num debate da Humane Society. Durante a campanha política o dono do cãozinho dizia, em tom de brincadeira, fazendo alusão à presença do gato Socks, do Presidente Clinton: Vamos colocar um líder (leader em inglês) na Casa Branca (residência oficial do Presidente dos EUA).

Animais que viveram na Casa Branca

  • Dos 42 Presidentes dos EUA, 33 tiveram cachorros. Alguns desses animais foram verdadeiros fenômenos de prestígio, como Fala, de Franklin Delano Roosevelt (1933-1945), ou Millie, de George Bush (1989-1993), autora de um livro que vendeu mais de 1 milhão de cópias;
  • George Washington (1789-1797) tinha um papagaio;
  • Theodore Roosevelt (1901-1909) teve uma cobra;
  • John Kennedy (1961-1963): sua filha tinha um pônei;
  • Jimmy Carter (1977-1981): sua filha tinha a gata Misty Maalarky Ying Yang;
  • Gerald Ford (1974-1977): sua mulher tinha o felino Shan;
  • Bill Clinton (desde 1992): a família tem o gato Socks, de 8 anos. Socks não busca popularidade nem seus donos querem isso.

Porém, em 1997, o Presidente dos EUA, Bill Clinton, ganhou um filhote de cachorro, da raça labrador, que recebeu o nome de Buddy. Nos EUA há 54 milhões de donos de cachorro e a raça labrador é campeã de vendas naquele país. O Presidente, há tempos, queria ter um cão e quando chegou à Casa Branca, a família presidencial só tinha o gato Socks.

Voltados para estatísticas, os norte-americanos, nas eleições presidenciais de 1996, a título de curiosidade, concluíram que numa disputa entre o cão Leader, do candidato Bob Dole e o gato Socks, de Bill Clinton, o primeiro venceria com 52% dos votos.

Em 1998, especialistas norte-americanos em comportamento animal, afirmaram que o cão Buddy (então já crescido) estava querendo fazer o dono feliz, ajudando-o a superar a dor, pois captou o clima de estresse da família, face o rumoroso processo judicial envolvendo o mais poderoso homem sobre a Terra. Sugeriram que o Presidente afagasse bastante o animal, pois Buddy poderia interpretar esse clima como desaprovação a ele e nesse caso, talvez começasse a mastigar sapatos, pela incapacidade de lidar com o estresse. Assim procedendo, concluíram, Buddy sentir-se-á melhor, o que também fará o Presidente se sentir melhor.

NOTA: Como em fevereiro de 1999 o Presidente livrou-se judicialmente do referido processo, é de supor-se que Buddy igualmente tenha se livrado do estresse que a intranquilidade do seu dono lhe causava.

Gato oficial

Em 1997, uma porta-voz do governo britânico disse que Humphrey, o gato vira-lata, que em 1989 apareceu e passou a morar no local em que vive e trabalha o premiê, continuaria vivendo ali. Isso porque circularam boatos de que a primeira-dama do país não gostava de gatos, o que a levou a desmenti-los publicamente.

Vegan

É modismo norte-americano.

Mas modismo altamente nobre: ser vegan.

O que seria?

Seria uma composição das palavras vegetarian com animal?

Não sabemos, mas consta que há nos Estados Unidos da América do Norte uma tribo, que se intitula tribo dos vegan, cuja característica principal é abominar todo e qualquer produto ou alimento que tenha origem animal ou use animais em testes durante o processo de fabricação.

Dito assim, pode parecer apenas mais um obscuro movimento de pessoas que amam os animais.

Mas é muito mais: desse obscuro movimento fazem parte, nada mais, nada menos, do que personalidades de Hollywood, famosas no mundo todo, tais como Madonna, Whoppy Goldberg, Paul Newman, Demi Moore, Brad Pitt, Kim Basinger.

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