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Ao mundo

Autor: Antônio Nobre (espírito)

*

A Terra é o vasto abismo onde a alma chora,

O vale de amarguras do Salmista,

Lodoso chavascal onde se avista

A podridão dos vermes que apavora.

*

Mas, para os grandes bens, para que exista

A perfeição da luz deslumbradora,

Precisamos da carne que aprimora

Com o camartelo mágico do artista.

*

Terra, tranquilamente eu te abençôo…

Porque da tua dor alcei meu vôo

Para a mansão das luzes opulentas;

*

Teu rigor nos redime e nos eleva;

Mas és ainda o cárcere da treva,

Triste mundo de chagas pustulentas!

Nota

A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo

Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo

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