Autor: Antônio Nobre (espírito)
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A Terra é o vasto abismo onde a alma chora,
O vale de amarguras do Salmista,
Lodoso chavascal onde se avista
A podridão dos vermes que apavora.
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Mas, para os grandes bens, para que exista
A perfeição da luz deslumbradora,
Precisamos da carne que aprimora
Com o camartelo mágico do artista.
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Terra, tranquilamente eu te abençôo…
Porque da tua dor alcei meu vôo
Para a mansão das luzes opulentas;
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Teu rigor nos redime e nos eleva;
Mas és ainda o cárcere da treva,
Triste mundo de chagas pustulentas!
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo