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Aos meus amigos da Terra

Autor: Edmílio de Menezes (espírito)

*

Amigos, tolerai o meu assunto,

(Sempre vivi do sofrimento alheio)

Relevai, que as promessas de um defunto

São coisa inda invulgar no vosso meio.

*

Apesar do meu cérebro bestunto,

O elo que nos unia, conservei-o,

Como a quase saudade do presunto,

Que nutre um corpo empanturrado e feio.

*

Espero-vos aqui com as minhas festas,

Nas quais, porém, o vinho não explode,

Nem há cheiro de carnes ou cebolas.

*

Evitai as comidas indigestas,

Pois na hora do “salva-se quem pode”,

Muita gente nem fica de ceroulas…

Nota

A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo

Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo

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