Autor: Edmílio de Menezes (espírito)
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Amigos, tolerai o meu assunto,
(Sempre vivi do sofrimento alheio)
Relevai, que as promessas de um defunto
São coisa inda invulgar no vosso meio.
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Apesar do meu cérebro bestunto,
O elo que nos unia, conservei-o,
Como a quase saudade do presunto,
Que nutre um corpo empanturrado e feio.
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Espero-vos aqui com as minhas festas,
Nas quais, porém, o vinho não explode,
Nem há cheiro de carnes ou cebolas.
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Evitai as comidas indigestas,
Pois na hora do “salva-se quem pode”,
Muita gente nem fica de ceroulas…
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo