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As surpresas da convivência mediúnica

Autora: Christina Nunes

Nos artigos anteriores relatei sobre o modo como ultimamente dois grupos de mentores espirituais nos revelaram, de modo encantador, a realidade de que nas esferas espirituais eles interagem entre si, apoiando mutuamente as tarefas mediúnicas de seus canais reencarnados – estejam estes momentaneamente conscientes disso ou não.

O meu mentor e autor de meus livros, o Espírito Iohan, havia me sugerido convidar para fazer a introdução de nossa próxima obra psicografada um confrade de São Paulo, bom e generoso amigo, o escritor e presidente da Fraternidade Espírita Aurora da Paz, Davilson Silva.

Esta contingência serviu para estreitar os laços de amizade que mantínhamos já há muitos anos, e, em decorrência disso, durante uma reunião de cunho espírita mantida recentemente, terminamos por descobrir que os guias espirituais que de há muitos anos assessoram os seus trabalhos na Fraternidade conhecem, por sua vez, o meu mentor. Depreendemos, inclusive, que se apoiam nas atividades de esclarecimento, auxílio e assistência aos reencarnados. Palminha, um dos mentores do confrade Davilson, por intermédio das características batidas que promove em resposta às perguntas em determinados momentos de suas reuniões semanais, confirmou a presença, bem como, a uma pergunta direta, falou da satisfação de Iohan com a apresentação inspirada do confrade ao livro que brevemente haveremos de trazer a público.

Alguns dias mais passados deste acontecimento que, por si só, já havia nos colhido com grande alegria, outras coisas ocorreram para ainda somar maior satisfação pelas descobertas que vez por outra se sucedem na convivência entre médiuns e seus mentores – note-se, claramente permitidas e conduzidas pelos mesmos, de molde a nos sinalizar a sua presença fiel e constante nos trabalhos realizados sob as diretrizes confraternas de Jesus, em benefício da humanidade.

Recentemente, Davilson vinha me apresentando durante as conversas em vídeo – para meu elevado espanto, diga-se, dada a modéstia surpreendente com que lida com a utilização deste seu dom – a série dos seus já incontáveis trabalhos de psicopictografia (vulgo pintura mediúnica). A cada reunião, portanto, deparava com obras admiráveis de grande e pequeno porte, recebidas ao longo das décadas, desde a autoria dos pintores conhecidos no universo das artes, até inúmeros rostos anônimos, para os quais o médium não detinha as identidades, por orientação dos guias da Casa.

O que se deu, amigos leitores, e para que a narração não se torne demasiado extensa, é que, de susto em susto, de maravilha em maravilha, em determinada noite de reunião e agradável palestra em torno dos assuntos espíritas, após nova sequência de uma variedade imensa de rostos de todas as mais expressivas individualidades possíveis, me apresenta, o confrade Davilson, uma imagem retratada que me desencadeou imediato choque.

Chequei a hesitar, evitando a precipitação em afirmar qualquer coisa – todavia, os olhos e o coração confluíam em sintonia de convicções, e não havia dúvidas possíveis! Aquela individualidade, cujo olhar profundamente magnético era o veículo maior e mais contundente do meu reconhecimento – por, inclusive, já constar na minha sala retratada entre molduras e em cores, pela mediunidade semelhante da canalizadora Rosa Teubl –, era, justamente, o meu mentor desencarnado e autor dos nossos livros psicografados, Iohan!

Conheço em minúcias a aparência do querido maestro das dimensões invisíveis, assim, não havia a mais leve possibilidade de incertezas, inclusive porque a realização mediúnica do amigo médium supriu leves incongruências existentes na imagem que já enfeita a minha sala residencial, na altura das têmporas, onde a própria Rosa reconheceu não ter conseguido retratar com fidelidade exata a região, com maior volume dos cabelos, escuros, e bem assentados!

Não bastasse a minha estupefação diante do que a lógica do cérebro ainda se esforçava para assimilar, na sequência dos retratos que desfilavam ante o meu olhar emocionado, Davilson ainda me apresenta outra imagem, do mesmo Espírito – note-se, obtida em outra data, não a mesma do retrato anterior; e, ainda assim, em ambas as ocasiões e na época em que as recebeu, sem nem imaginar, o amigo, que ilustrava o mentor da amiga e confreira distante no Rio de Janeiro, às voltas com a publicação das obras ditadas pelos seus mentores!

Era este novo retrato a fisionomia do mesmo Iohan, com o seu belo aspecto de uma vida vivida no século XVIII – provavelmente, a narrada em seu último livro, Os Anjos Não Vivem Distantes, publicado há algum tempo.

Impossível, caros leitores, deixar de se reconhecer, com uma análise isenta, a identidade indiscutível dos contornos do rosto, da expressão e do belo formato dos grandes e expressivos olhos, em cada personalidade vivida pelo querido Espírito a mim sintonizado em tarefa confraterna e pelos vínculos afetivos do longo passado evolutivo!

As imagens recebidas constituíram, pois, inesquecível surpresa, que me chegou nesta fase grandemente ativa de minha vida – à semelhança de autênticos presentes da parte do grupo amoroso de mentores de dois médiuns dedicados à divulgação e à tarefa confraterna espírita, para renovação ainda maior de nosso entusiasmo e das nossas certezas da parceria fiel e incansável com que os amigos dimensionais nos oferecem suporte, amor e solidariedade ao longo de cada um de nossos estágios reencarnatórios!

O consolador – Ano 8 – N 402

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