Autor: Belmiro Braga (espírito)
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Se tens o leve agasalho
Do santo calor da crença,
Exemplifica o trabalho
Sem cuidar da recompensa.
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Não peças aprovação
Do mundo pobre e enganado,
Recorda que o mundo vão
É grande necessitado.
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Vais procurar a ventura?
Toma cuidado: os caminhos
São crivados de amargura,
Atapetados de espinhos.
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Acalma-te na aflição,
Modera-te na alegria,
Não prendas o coração
Nos laços da fantasia.
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No curso de aquisições,
Não vivas correndo a esmo;
Esquece as inquietações,
Toma posse de ti mesmo.
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Recorda que tua vida
É sempre uma grande escola;
Muita fronte encanecida
É fronte de criançola.
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Não perguntes ao passado
Pela sombra, pela dor,
O caminho é ilimitado,
Eterna a fonte do amor.
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Olha o monte luminoso,
Que símbolo sacrossanto!…
Quem desce é riso enganoso,
Quem sobe é suor e pranto.
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Não te aflijas. A bonança
É flor de sabedoria,
Não te esqueças que a esperança
É a bênção de cada dia.
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No impulso que te conduz,
Age sempre com bondade,
Todo esforço com Jesus
É vida na eternidade.
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo