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Casamento perfeito, parceiro ideal e o filho, como vai?

Autor: Luiz Carlos Formiga

Vejam abaixo o que Abigail respondeu ao amado. Seu alto nível de inteligência espiritual permitiu a clareza e a concisão.

O que fazer para adquirir a compreensão perfeita dos desígnios do Cristo? – AMA.

Penoso testemunhar dedicação, sem o real entendimento dos outros. Como fazer para que a alma alcance tão elevada expressão de esforço com Jesus? – TRABALHA.

Que providências tomar contra o desânimo destruidor? – ESPERA.

Como conciliar as grandiosas lições do Evangelho com a indiferença dos homens? – PERDOA.

AMAR – Única forma para compreender e aplicar a Doutrina Espírita.

Buscar o amor a todas as criaturas que a Misericórdia Divina nos ofereceu, para convívio na parentela.

Depois de inúmeros atendimentos, um psicólogo encontrou menos de 10% de casamentos que deram certo. Uma coisa importante foi encontrada, eles não eram seres fisiológicos. Para eles o sexo era um complemento do amor.

Pertinente enfatizar que a orientação deve ser iniciada na infância. O jovem deve se dar conta que o sexo existe em função da vida e que esta não lhe é instrumento. Controle mental, disciplina moral, hábitos saudáveis, trabalho normal, oração ungida de amor a Deus, constituem metodologia correta para a travessia da adolescência e o despertar da idade da razão com maturidade e equilíbrio.

PERDOAR os erros da parentela ainda em “consciência de sono”, assim como queremos ser perdoados. Emmanuel diz que devemos fazer silêncio ante supostas falhas, pois nenhum de nós é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete nas irreflexões e desequilíbrios alheios. Não dispomos de recursos para examinar consciências. Cada um é um caso particular, ante a Sabedoria Divina.

ESPERAR – Paciência com a própria evolução. Nossos amigos espirituais esperam nossa evolução com muita paciência. Somos ainda espíritos de mediana evolução, portadores de créditos apreciáveis, mas com dívidas numerosas, por isso nossas reencarnações exigirão muita cautela de preparo e esmero de previsão. Os renascimentos ficam a cargo de autoridades e servidores da Justiça Espiritual. Estes especialistas administrarão recursos a cada aprendiz da sublimação, de acordo com as obras edificantes que lhes contem no currículo da existência.

As provas são oportunidades de experiências tendo uma vida fácil ou difícil. Não estão relacionadas com erros cometidos em existências anteriores. A expiação, no entanto, decorre de faltas cometidas. Uma expiação acontece, durante a existência corporal, mediante as provas a que o encarnado se acha submetido. A Providência Divina não apressa a expiação, que só é imposta, quando os Espíritos não se mostram aptos a compreender o que lhe seria mais útil.

A casualidade não se encontra nos laços da parentela. Princípios sutis da Lei funcionam nas ligações. Impelidos pelas causas do passado a reunir-nos no presente, é indispensável pagar com alegria os débitos, a fim de que venhamos a solver nossas dívidas para com a Humanidade.

Inútil é a fuga dos credores de mesmo teto. O tempo aguardará implacável constrangendo-nos à liquidação de todos os compromissos. A Lei de Ação e Reação lança luz e podemos cogitar que quando num casal encontramos a afeição só de um lado, quando o amor é acolhido com indiferença, deve haver prova e punição.

TRABALHAR – burilar nossos sentimentos na convivência. O casamento nem sempre é um jardim de flores. Pode ser um espinheiro de preocupações e de angústias, reclamando-nos sacrifício. Somente adestrando paciência e compreensão, tolerância e bondade, na praia estreita do lar, é que nos habilitaremos a servir com vitória, no mar alto das grandes experiências.

Não existe o “casamento perfeito”. Inexiste o “parceiro ideal”. O segredo do sucesso não é chegar a ser excelente, mas estar sempre buscando a excelência. Por isso reencarnamos e temos a coragem de enfrentar com altivez as provas e expiações. Persistência é conduta chave.

Depois de algumas tentativas muitos encontraram o casamento feliz. Outros aguardam e amargam momentos de solidão. Por que, com alguns, o casamento dá certo?

Não existe resposta fácil, nem fórmula mágica. Os casais que deram certo firmaram o real comprometimento de permanecerem juntos, sendo capazes de enfrentar suas crises como uma equipe. Entre esses casais, o divórcio não tinha sido cogitado como alternativa, durante a fase de namoro-noivado, embora fossem favoráveis à medida considerada como extrema.

Eles, desde o início, possuíam projetos de vida semelhantes, demonstrando os mesmos interesses (estudo, religião) e uma sólida vontade de construírem uma história compartilhada.

Quase sempre, diante das discordâncias foram capazes de se controlar e dialogar francamente, procurando não ferir um ao outro com respeito pela individualidade. Eles também nunca se sentem menores quando se percebem interdependentes.

Esses casais consideram os momentos mais prazerosos como os mais importantes e, por isso, estão dispostos a tentar “de novo”, estando abertos a mudanças, empenhando-se em novas aprendizagens.

Sabemos que há vida inteligente fora do casamento, mas sabemos também que vai demorar a chegar o dia, quando finalmente vamos compreender a opção de Clara e Francisco e a “ordem das paixões”.

A questão 940 de “O Livro dos Espíritos” termina informando que mesmo nas uniões antipáticas, à medida que os preconceitos se enfraquecem, as causas dessas desgraças íntimas também desaparecem.

Por que devemos perseverar? Para quem tem filhos, não é melhor persistir no casamento?

É melhor para os filhos, que os pais continuem casados?

“Mas se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.” – Paulo. (I Timóteo, 5:8)
Para quem pretende ser completista(*) e está no jogo do casamento, é melhor jogar em dupla.

Assumir compromissos na paternidade e na maternidade constitui engrandecimento do espírito, sempre que o homem e a mulher lhes compreendam o caráter divino. “E vós, pois, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” — Paulo (Efésios, 6.4). Os filhos são as obras preciosas que o Senhor lhes confia às mãos, solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente. Urge reconhecer que o Evangelho não fala aos embriões da espiritualidade, mas às inteligências e corações que já se mostram suscetíveis de receber-lhe o concurso.

Os pais, a maioria, vivem desviados, através de vários modos, seja nos excessos de ternura ou na demasia de exigência, mas à luz do Evangelho compreenderão que, se para ser pai ou mãe são necessários profundos dotes de amor, à frente dessas qualidades deve brilhar o divino dom do equilíbrio. Receber encargos desse teor é alcançar nobres títulos de confiança. Por isso, criar os filhinhos e aperfeiçoá-los não é serviço tão fácil.

Se muitas vezes os pais se furtam à claridade do progresso espiritual, escolhendo o estacionamento em zonas inferiores, nem mesmo nas circunstâncias dessa ordem seria razoável relegá-los ao próprio infortúnio.

Claro está que os filhos não devem descer ao sorvedouro da insensatez ou do crime por atender-lhes aos venenosos caprichos, mas, encontrarão sempre o recurso adequado para retribuírem aos benfeitores os inestimáveis dons que lhes devem.

Diz uma Psicóloga: “Ando bastante preocupada, pois como realizo avaliação neuropsicológica acabo me deparando com alguns transtornos nas crianças/adolescentes, cujos adultos responsáveis fizeram ou fazem uso e abuso de drogas lícitas e ilícitas. A consequência é que os filhos estão apresentando, cada vez mais cedo, transtorno de conduta e comportamento antissocial. Estou assustada!”

Não somente os pais estão cercados de obrigações, mas igualmente os filhos, que necessitam vigiar a si mesmos, com singular atenção. Quase sempre a mocidade sofre de estranhável esquecimento. Estima criar rumos caprichosos, desdenhando sagradas experiências de quem a precedeu, no desdobramento das realizações terrestres, para voltar, mais tarde, em desânimo, ao ponto de partida, quando o sofrimento ou a madureza dos anos lhe restauram a compreensão.

“Formam famílias os Espíritos que a analogia dos gostos, a identidade do progresso moral e a afeição induzem a reunir-se. Mas, permite Deus que Espíritos menos adiantados encarnem entre eles a bem de seu progresso. Esses Espíritos se tornam, por vezes, causa de perturbação, o que constitui para estes a prova e a tarefa a desempenhar”.

De uma hora para a outra o filho não quer ir mais ao Centro Espírita. Duas causas saltam aos olhos. Causas Naturais. Na fase de crescimento existem períodos naturalmente conturbados, como o da “expansão subjetiva”, conhecido como “descobrimento da realidade exterior”. Surge a dor “pela perda dos pais ideais”, quando a imagem idealizada e mágica se choca com a realidade. Em relação à evasão do jovem na casa espírita não podemos esquecer que é natural a rebelião contra a autoridade constituída, neste período da vida. Nessa fase os jovens são constantemente avaliados e aprendem a avaliar a fé da família. Ao encontrarem pais espíritas de fachada sentem-se frustrados.

Existem causas bem legítimas, que surgem ao encontrarem contradições. O jovem percebe que o que é pregado não é vivenciado. O comportamento dos pais é ainda mais fácil de observar. Quando eles aprendem que devem amar ao próximo, mas os pais não vivem de acordo com esse preceito, sentem-se traídos. Outra causa são os discursos que ficam aquém de suas ansiedades e aquelas reuniões pouco atraentes. Outro problema é que quando encontram temas que aguçam a curiosidade, percebem também que esses estudos são mal administrados e ministrados por evangelizadores bem intencionados, mas incompetentes.

Vejamos um caso. Um jovem, 15 anos, começou a apresentar os sintomas de revolta religiosa. Os pais pararam para discutir e no final acharam que deveriam avaliar também a Casa Espírita. O que encontraram? A maioria dos frequentadores era de meia idade ou mais e as atividades para os jovens eram pouco atraentes. O que fizeram? Procuraram outra casa mais “jovem”. Lá havia um extenso programa de atividades para adolescentes. Ele não mais faltou. Como explicar essa mudança?

O jovem foi contaminado pelo estudo bem elaborado e acabou contagiando os amigos, que passaram a frequentar as reuniões. O exemplo arrasta. Pais atualizados e atuantes são evangelizadores diretos e indiretos na “vacinação” das mentes dos jovens em formação. Há contágio do idealismo em família.

Pais de posição firme, mas sem radicalismos, devem estar preparados também para a derrota. Qual a conduta dos pais, caso isso venha a acontecer? Lembrar que os valores internalizados no início da existência, provavelmente ficarão para o resto da vida, que educar dá trabalho, mas vale à pena, pois a criatura humana é o maior investimento divino. Como a essência de qualquer religião é o amor, deixe claro para seu filho rebelde que se ele se afastar da Doutrina Espírita, “a afeição que você tem por ele permanecerá inalterada.”

(*) Completista é o título que designa os Espíritos que aproveitam todas as oportunidades construtivas que o corpo terrestre lhes oferece. Esses casos, embora raros, existem. O completista, na qualidade de trabalhador leal e produtivo, pode escolher, à vontade, o corpo futuro, quando lhe apraz o regresso à Crosta em missões de amor e iluminação, ou recebe veículo enobrecido para o prosseguimento de suas tarefas, a caminho de círculos mais elevados de trabalho.

Referências

O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec.
Fonte Viva, de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier.
O Homem a Mulher e as Linhas Paralelas –https://goo.gl/ua5VVm

Clara de Assis – A ordem das paixões –https://goo.gl/DmRTwM

A Nova Geração. Inteligentes e mais felizes –https://goo.gl/xA6eAk

Deixe claro para o seu filho –https://goo.gl/6uUoht

Drogas. O Exemplo Arrasta –https://goo.gl/VntGxE

O consolador – Artigos

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