Autora: Eugênia Pickina
É preciso não esquecer de ver a nova borboleta nem o céu de sempre.
Cecília Meireles
Nos últimos anos uma diversidade de estudos demonstrou os inúmeros benefícios que o contato com a natureza proporciona às crianças.
Se a falta de natureza torna árido o cenário infantil, prejudicando a capacidade de aprendizagem e a autorregulação do indivíduo, o contato regular com a natureza, por exemplo, promove resiliência, aquisição de equilíbrio e destreza corporal à criança.
Para os pequenos, atividades baseadas na natureza não são apenas motivo de alegria, mas também se estabelecem como fonte segura de ganhos cognitivos, emocionais, sociais, de felicidade e de saúde.
Mais do que embelezar as áreas urbanas, as paisagens verdes geram efeitos benéficos nas pessoas. O contato frequente com a natureza pode prevenir a ansiedade, reduzir a agitação, favorecer a contemplação, estimulando, no caso das crianças, um melhor desempenho escolar e um comportamento mais empático e tranquilo.
Na praça do bairro, no jardim, no parque, na floresta, quanto mais frequente uma criança desfrutar das áreas verdes, maior disposição ela terá, na vida adulta, para amar e defender a natureza.
Conscientizar, já na infância, o ser humano para a necessidade de preservação da natureza é, sem dúvida, a melhor maneira de assegurar o futuro da Terra.
Notinha
Há muitas razões para incentivar o vínculo entre criança e natureza: a) o contato com as áreas verdes – parques, jardins, praças, florestas etc. – previne a miopia e a deficiência de vitamina D; b) brincar livre na natureza estimula empatia e gerenciamento de riscos (subir em árvores, explorar/fazer trilhas, visitar parques/jardins botânicos etc.). Estudos também sugerem que crianças que não têm contato com a natureza são mais suscetíveis a desenvolver alergias, e isso porque o contato regular com a natureza fortalece o sistema imunológico das pessoas de um modo geral.
O consolador – Ano 11 – N 549 – Cinco-marias