Autor: Augusto dos Anjos (espírito)
*
Todo o mundo moderno horrendo, em ruínas,
Deixa agora escapar o horrendo fruto
De miséria e de dor, de pranto e luto,
Feito de sânie e de cadaverinas.
*
Em vão, sobre o Calvário áspero e bruto,
Sangrou Jesus em lágrimas divinas,
Sob as ofensas torpes e tigrinas
A tentarem-lhe o espírito incorruto.
*
Saturada de treva, angústia e pena,
A Civilização que se condena
Suicida-se num báratro profundo…
*
Porque na luz dos círculos da Terra,
Nos turbilhões fatídicos da guerra,
Ainda é Caim que impera sobre o mundo.
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo