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COMELESP 2007

Autor: Thiago Rosa

A Confraternização das Mocidades Espíritas do Leste do Estado de São Paulo – COMELESP, este ano, como em muitas outras edições, cheio de novidades, mais uma vez inovou. Aproveitando da equipe do FM! presente no evento, foi formado a sala optativa de Jornalismo. O intuito: fazer com que os jovens que optaram ou foram optados automaticamente pela sala, realizassem um trabalho de cobertura de todo o evento.

Mas se você pensa que é tão simples assim, e sem nenhuma interação com o estudo do encontro, os jovens que participaram puderam ver que não é bem assim. Além de aguçar neles o senso crítico e a percepção dos fatos e acontecimentos a sua volta, no dia-a-dia, os participantes da sala puderam ter a oportunidade de conhecer os trilhos “diferentes” que fizeram cada um chegar até o dia do encontro. Suas caminhadas, desencontros e dificuldades para participarem da COMELESP. E nada mais fácil de tirar isso deles através do senso jornalístico de cada um, contando uma historinha de seu trajeto até a cidade de Santos. Isso fez com que eles se conhecessem mais um pouco.

A partir daí, foi dado a largada para que todos ali pudessem perceber o significado da palavra “jornalismo” na prática, que é importante para gerar dúvidas, curiosidade, pesquisa e conhecimento. É assim que os jovens Fernando Francisco, Danilo Fittipaldi, Bernardo Bordalho, David Bento, Rafael Tarciso, Lívia Lapastenia, Raíssa Ramos, Laís Silva, Tássia Prevedil, Rodson Oliveira, Gabriel, Paty Luz, Rodrigo Tadeu, Rodrigo Prado e Eu, Thiago Rosa, escrevem a seguir o que foi a COMELESP 2007.

Mas, antes de mais nada, vamos a um pequeno resumão. O evento que ocorre no feriado santo, que vai da sexta-feira santa até o domingo de Páscoa, foi realizado na cidade de Santos. O nosso encontro era mais um do total de quatro, que aconteceram separadamente e ao mesmo tempo em outros três cantos do estado paulista. Juntos, eles formam um encontro único envolvendo diversas cidades de suas regiões e arredores.

O tema “Eu e o Outro – Conviver com as diferenças”, escolhido para ser trabalhado na COMELESP, pôde ser vivenciado por cerca de 300 jovens. A prática do convívio foi o verdadeiro trabalho e, até poderíamos dizer, mais importante de todos. O mais bonito destes encontros é ver que o jovem, que hoje em dia está mais conectado nos mundos virtuais e tecnológicos, não sentiu nem um pouco a falta destes seus aparatos. A única mídia de comunicação utilizada por eles foi o próprio corpo.

Os três dias foram compostos por três módulos de estudo, salas optativas, salas de convívio e conhecimento das diferenças (homossexualidade, umbanda, deficiência física, religião muçulmana, entre outros), teatro, festa de comemoração das 30 edições do evento, entrega de premiação pelas pessoas importantes que ajudaram a construir a COMELESP, apresentação da cronologia do evento desde sua primeira edição, fotos de outros encontros que marcaram a história, tempo para conhecer os outros jovens, cinema e muita diversão, conhecimento e estudo. Três dias importantes dentro da Escola Espiritualista e Centro Espírita Ismênia de Jesus, para cada jovem que ali esteve. E para quem sabe muito bem o que é confraternizar: atenção todos, formação Huya…

 

Cabeças da COMELESP

Autores: Raíssa Ramos, Rodrigo Tadeu e Rodson Oliveira

Um evento da importância e grandeza da COMELESP envolve muitos olhares. Saímos então, a procura dos que tem o olhar mais centrado em todos os momentos: Marcelle Marques e Márcio Polli.

Presidente da 30ª COMELESP e dirigente do DM Intermunicipal de Santos, a cidade sede, Marcelle Marques da Silva diz que seu trabalho é dar todas as orientações necessárias antes e durante o evento. Para ela, esta Confraternização se iniciou há alguns dias: “Na verdade, estou aqui desde quinta-feira. Desde então não dormi direito, pois só havia conseguido dormir quatro horas do dia anterior”, diz Marcelle.

Sua atenção passa por situações como levar um participante com dor de garganta ao pronto socorro, por exemplo. Ela define o evento como: “Responsabilidade, correria e dor de cabeça, mas o que prevalece é o prazer de ver os jovens felizes”.

Já o 1º Assessor, Márcio Polli Cabo Bianco, diz que: “COMELESP significa trabalho”. Curiosamente Polli fala que desde seu primeiro encontro no leste estadual, no ano de 98, nunca foi como participante e, hoje, na responsabilidade de coordenação geral, cuida de tudo, desde a doutrina até a limpeza do evento.

Como pessoa comum, Márcio diz que a Confraternização é a oportunidade de rever e fazer amigos: “Só na COMELESP é que eu encontro os amigos de outras mocidades e regiões, o que permite a troca e integração”. Ao longo de quase 10 anos, ele diz que o mais marcante nestes eventos é a chegada das fichas dos participantes em sua casa: “Cada uma representa um rosto, uma lembrança, um reencontro… Enfim, a COMELESP é tudo de bom”.

 

Xô sujeira…

Autores: Laís Dimitroff, Rafael Fagluth e Danilo Fittipaldii

“Gosto de tudo organizado e limpo”, foi o que disse Eduardo Bispo, 31 anos, morador de São Vicente, que está substituindo o coordenador geral do encontro de mocidades espíritas do leste estadual de SP, a COMELESP.

De acordo com os participantes, a limpeza de cada ambiente do evento é de primeira: “Banheiros, jardins, salas, tudo muito bem limpo e bem organizado”, completou Bruno Ferrari, de 14 anos.

O encontro de jovens contou este ano com uma equipe de trabalhadores entregues em seus deveres, e as mocidades presentes também estiveram contribuindo com a limpeza, valorizando cada espaço disponível para o uso. Jovens que tiveram que tomar banho fora de hora, por último, devido a uma “pelada”, tiveram que, por exemplo, ajudar a lavar e limpar o banheiro. Porém, “banheiros que estavam interditados, algumas pessoas acabaram quebrando a barreira e utilizando, inclusive para tomar banho fora do horário estipulado”, retrucou Camila Porto, de 18 anos, integrante da equipe de limpeza do evento.

De qualquer forma, falhas sempre vão existir, afinal são cerca de 300 jovens reunidos em um único local e sujeiras fazem parte. O importante é cada um tentar ajudar um pouquinho e evitar fazer tanta bagunça.

 

Um evento Marcante

Autores: Paty Luz, Gabriel D’Amore e Bernardo Bordallo

O objetivo da COMELESP é reunir todos estes jovens que estiveram aqui para estudar um tema que as próprias mocidades escolheram, ou votaram a favor. O tema deste ano não poderia ter sido tão oportuno como: “Eu e o outro – Conviver com as diferenças”.

Segundo um dos organizadores do evento, Alex Perites, de 25 anos e morador da própria cidade sede, Santos, a organização foi até tranqüila, pois já haviam adquirido experiências de eventos anteriores e conseguiram seguir uma cartilha para saberem aonde haveria maiores dificuldades. “Fomos colhendo experiências e os mais antigos nos ajudaram bastante”, disse Perites.

“Os participantes não estão colaborando com as regras, como não mexer nas coisas dos dormitórios e cumprir horário; as rondas noturnas são as maiores dificuldades”, comentou o colaborador Jean Gabriel Maulani, 21 anos, quando perguntado sobre as maiores dificuldades durante o evento.

De uma maneira geral, apesar dos monitores e organizadores estarem sempre chamando a atenção dos participantes pelos mesmos motivos, é difícil achar alguém que não esteja gostando do evento. Até apontamentos como a hora do banho que estava mais rápida e o chuveiro quente, em relação aos encontros anteriores, foi bastante elogiado. Aline Alves gostou bastante da interação das pessoas: “Os monitores são atenciosos e a integração foi um ponto muito forte e marcante neste ano”.

Um dos monitores, Glauco Nepomuceno, sugeriu que a discussão do temário fosse integrada ao teatro e até em outras atividades: “Assim se tornaria mais dinâmico e o aprendizado melhoraria também”, completou Nepomuceno.

Fala MEU! Edição 50, ano 2007

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