Autor: Antero de Quental (espírito)
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Minha vida de dor e de procela
Que se extinguiu na tempestade imensa,
Despedaçou-se à falta dessa crença,
Que as grandes luzes místicas revela.
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E estraçalhei-me como alguém que sela
Com o supremo infortúnio a dor intensa,
Desvairado de angústia e de descrença,
Dentro da vida sem compreendê-la.
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Ah! Crer! bem que, na Terra, não possui,
Quando entre conjeturas me perdi,
De tão pequena dor fazendo alarde…
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Crença! Luminosíssima riqueza
Que enche a vida de paz e de beleza,
Mas que chega no mundo muito tarde.
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo