Autor: Marcus De Mario
Em vídeo publicado nas redes sociais, uma mãe faz um desabafo e um alerta, após ver seu filho adolescente de 16 anos cometer suicídio, motivado por influências negativas recebidas através da internet: “Vigiem! A internet está doente!”. Esse triste e doloroso caso, com um jovem tirando-se a vida influenciado por pseudos amigos, liga um poderoso e sonoro alerta para todos os educadores, sejam pais, avós, tios, professores: estamos doentes! Doença da alma sem ideal superior, sem visão espiritualista, sem esperança na vida.
O problema não é a internet. Ela é uma ferramenta tecnológica neutra, depende do uso que dela fazemos. A culpa não é das redes sociais ou dos aplicativos de comunicação, instrumentos que em si igualmente também são neutros, pois são alimentados pelas pessoas, conforme seus valores. Temos sim que vigiar, não propriamente a internet, mas a nós mesmos e nossos filhos e alunos, pois a questão é essencialmente educacional.
Conforme nossos valores de vida, assim serão nossas postagens, e assim atrairemos os afins, os que pensam como nós, é a lei de sintonia funcionando. E quando mostramos fragilidade emocional, muitos disso se aproveitam para influenciar negativamente através de postagens enganosas, com mensagens levando a pessoa a mais se deprimir, abrindo a porta para o equívoco do suicídio, pois a morte não é o fim de tudo, não é a solução para os problemas, pelo contrário, arrojando o suicida em sofrimentos e tormentos muito piores no mundo espiritual, pois a vida pertence a Deus e somente ele pode deliberar sobre ela.
Precisamos educar as crianças e os jovens para terem visão espiritualista sobre a vida, para terem fé e esperança, para terem resignação e força de vontade, pois tudo passa, menos a misericórdia divina sobre cada um de nós, e nada acontece por acaso, nenhum problema dura para sempre. Não deixemos nossas crianças e jovens soltos na internet. Acompanhemos sua vida digital mantendo o diálogo aberto e dando bons exemplos, para que eles mesmos cheguem à conclusão que o melhor uso é aquele que faz sempre o bem para todos.
Reencarnados num planeta de expiações e provas como a Terra, não é possível termos uma existência sem dificuldades, dores, aflições que nos visitam de vez em quando, inclusive pela internet, fazendo parte das aprendizagem necessárias ao nosso processo evolutivo, mas isso não quer dizer que devamos estacionar diante dos desafios existenciais, pelo contrário, devemos acionar nossas forças divinas para superá-los, aprender com eles e seguir em frente.
Todos temos que sonhar, idealizar e ter metas bem definidas para a vida, ocupando-nos utilmente em trabalhar pela nossa transformação moral e pela transformação moral da humanidade, colocando em prática projetos que visem o bem comum, coletivo, sem esmorecimento de qualquer espécie, confiando em Deus sempre.
É assim que teremos incondicionalmente entusiasmo por viver. Como diz Paulo de Tarso, devemos prosseguir a caminhada mesmo com os joelhos desconjuntados, pois somente assim poderemos ser considerados fiéis discípulos de Jesus Cristo, que tudo enfrentou e legou para a humanidade a lei de amor através do Evangelho.
Ao espírita, sabedor da imortalidade da alma e da reencarnação, e que a vida corpórea é uma existência diante da vida que se desdobra depois da morte, compete estar sempre pronto para o trabalho, para o chamado do mais Alto, abraçando as tarefas com decisão e nunca perdendo a esperança, alimentando-a com a força de vontade e o entusiasmo de servir.
Lembremos sempre que nada acontece por acaso, tudo, tudo mesmo, tem sua razão de ser, e que somos construtores de nós mesmos rumo à perfeição. O que hoje não pode ser feito, ou em não podendo colher o resultado do trabalho, amanhã haverá de poder ser feito ou vermos a colheita da semeadura.
Nunca perca o entusiasmo em viver. Não dê chance para a ansiedade, a incerteza, o desânimo, a depressão e as coisas negativas publicadas na internet. Recomece quantas vezes seja necessário. A existência humana é muito preciosa para perdê-la por algo que pode ser superado, mesmo que leve um tempo maior. Jesus, a luz do mundo, enfrentou perseguições, sarcasmos e a morte odienta, sem nunca reclamar, vacilar ou recuar, tenhamos assim nele nosso guia e modelo, prosseguindo, com entusiasmo, nossa vida.