Autor: Maurício Moura
Todos nós queremos viver em um mundo melhor e raramente nos damos conta que o mundo melhor existirá a partir do surgimento de um Homem melhor. Um Novo Homem.
Esse homem novo, melhor do que somos hoje, surgirá de nossa própria construção. É o que lemos em O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo XXV, item 3: “…Procura e acharás, trabalha e produzirás; dessa maneira, serás o filho das tuas obras”.
Ainda no mesmo capítulo e item, o trecho que antecede o ensinamento citado: “Se Deus houvesse isentado o homem do trabalho do corpo, seus membros estariam atrofiados; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal”.
Nessa passagem, fica evidente a necessidade da prática do esforço físico e intelectual para o aprimoramento do homem, que será sempre o resultado daquilo que tiver realizado em prol de si mesmo.
Se tivermos dúvida sobre essas afirmações, basta deixarmos de exercitar a caminhada, por exemplo, e veremos que logo nos faltará fôlego para uma simples atividade. Ou deixar de lado a leitura, ou as equações algébricas, para sentir dificuldades até em memorizar datas ou números de telefones.
Os bons resultados, tanto no campo físico quanto no campo mental, dependem de constante exercício. É a exigência da prática diária.
Assim também o é para nos tornarmos homens melhores.
Exigem-se para isso as boas práticas morais. A devoção altruísta. A entrega de si mesmo.
Paulo, ao abordar a necessária prática da caridade em um dos textos mais esplendorosos de sua carta aos Coríntios, relatada no capítulo XV, item 6, de O Evangelho segundo o Espiritismo, nos diz que: “… e quando eu tivesse o dom de profecia, penetrasse todos os mistérios, e tivesse uma perfeita ciência de todas as coisas, se não tivesse caridade eu nada seria”.
Que maravilhosa explanação do Apóstolo dos Gentios! Mesmo que já houvéssemos atingido o ápice do desenvolvimento intelectual – e tivesse uma perfeita ciência de todas as coisas –, que vai muito além do físico, nós ainda nada seríamos, porque permaneceríamos incompletos. O ser moral, esse para o qual o Evangelho de Jesus nos orienta continuamente, ainda não existiria.
Paulo ainda nos confirma a necessidade dessa prática diária para o fortalecimento dessa importante parte de nós mesmos, que nos complementará em direção à construção do homem novo, o ser completo, desenvolvido física, intelectual e moralmente.
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