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Do Além

Autor: Antônio Nobre (espírito)

*

Pudesse o nosso olhar, vagueando os ermos,

Ver através da própria soledade

A expressão luminosa da Verdade,

E da luz da Verdade não descrermos…

*

Preocupar-se aí, porém, quem há de

Com o problema de sermos ou não sermos,

Pois que o ardente desejo de o sabermos

É sempre o anelo falso da vaidade?

*

Peregrinos da dor, na dor andamos

Sem que a nossa miséria se desfaça

No escabroso caminho onde marchamos,

*

Seguindo a alma nos sonhos iludida,

Até que a dor unindo-se à desgraça

Descerre os véus que encobrem outra vida.

Nota

A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo

Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo

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