Autor: Antônio Nobre (espírito)
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Pudesse o nosso olhar, vagueando os ermos,
Ver através da própria soledade
A expressão luminosa da Verdade,
E da luz da Verdade não descrermos…
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Preocupar-se aí, porém, quem há de
Com o problema de sermos ou não sermos,
Pois que o ardente desejo de o sabermos
É sempre o anelo falso da vaidade?
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Peregrinos da dor, na dor andamos
Sem que a nossa miséria se desfaça
No escabroso caminho onde marchamos,
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Seguindo a alma nos sonhos iludida,
Até que a dor unindo-se à desgraça
Descerre os véus que encobrem outra vida.
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo