Autor: Eurípedes Kuhl
Maconha (Cannabis sativa)
Tem origem na Ásia Central ‒ Índia.
É apelidada no Brasil por dezenas de nomes (diamba, liamba, birra, erva, fuminho, cânhamo, haxixe, mato, marijuana, baseado, fininho, dólar, baura etc.)
A planta da maconha cresce até atingir de um a três metros de altura, parece-se com um capim grande, tendo também alguma semelhança com a urtiga. Frequentemente consumida sob a forma de cigarro feito das folhas ou flores.
Para alta qualidade há necessidade de conhecimentos botânicos:
- Só cultivá-la em clima seco;
- Só colher plantas femininas;
- Só colher na fase de inflorescência;
- Só aproveitar as folhas.
No Brasil, a maconha é de baixa qualidade, pois o preparo é oneroso e altamente técnico.
Também no País, a maconha é plantada em qualquer clima, colhida aleatoriamente e batizada com:
- Alfafa;
- Erva-mate;
- Estrume seco de bovinos;
- Estrume seco de equinos.
O elemento principal da maconha é o THC (tetrahidrocanabinol ).
Cientistas do mundo todo pesquisaram a maconha na busca da sua síntese, sabendo da existência de outros elementos além do THC.
O THC, sozinho, não despertou o interesse dos viciados que o provaram.
É bom observar que o THC como folha, apenas causa indisposição e anestesia o sistema digestivo sendo que o THC puro (extraído da folha) funciona como alucinógeno e causa dependência psíquica.
Existe nos EUA, uma banda de rock que tem como nome, THC, o que pode incentivar indiretamente os fãs a também usarem a droga em homenagem ao grupo.
Em novembro de 97, integrantes de uma banda jovem foram presos em Brasília‒DF porque no seu repertório várias letras de músicas foram consideradas, pelas autoridades, como incentivadoras ao consumo da maconha. Houve protestos de vários segmentos sociais. Os músicos foram postos em liberdade dias após, pela Justiça, que considerou incorreta a forma pela qual haviam sido presos.
LSD (Dietilamida do ácido lisérgico)
Foi descoberto na Suíça (Laboratório SANDOZ).
É o mais infernal alucinógeno até hoje descoberto.
É isolado a partir de um fungo (excrescência em forma de cogumelo), que vive em regime parasitário no trigo e no centeio.
Quando as espigas desses cereais amadurecem o fungo adquire a forma de um esporão (igual à espora do galo) que em francês se escreve: “ergot”.
Daí o nome “ergotina’’ – alcaloide desse fungo do qual se obtém o LSD. O ácido lisérgico é um líquido incolor, inodoro e sem sabor. Exatamente por isso é perigoso!
É impossível induzir alguém a fumar maconha sem que ela saiba, pois a “erva” tem cheiro e gosto característicos, denunciadores, e exige um ritual para o consumo;
Com o LSD isso não acontece:
- Adicionado ao refrigerante, quem o ingerir nada perceberá – sentirá apenas os alucinantes efeitos;
- Uma dose é uma gotinha: pingada numa bala, num doce, num pedaço de bolo, numa bolacha – será ingerida inconscientemente, provocando a seguir delírios, convulsões etc.;
- Pingado num cartão remetido pelo Correio pode conter de 20 a 40 doses, só percebíveis mediante prévia informação.
O LSD é tão potente que 300 gramas produzem 300 mil doses!
É usado através de conta-gotas, bebidas ou algo absorvente.
Observação: Um micrograma (que cabe na ponta de uma agulha) é o suficiente para levar uma pessoa a pular do 25° andar de um edifício; 200 microgramas seriam suficientes para conduzir toda, ou quase toda, a população dos EUA ao suicídio.
A ergotina é o princípio ativo de um medicamento chamado ‘’ERGOTRATE”, que é utilizado como anti-hemorrágico, em caso de pós-parto e aborto.
Mescalina
Origem: México.
É um alcaloide extraído do mescal ou peiote.
É consumida mastigando-se a polpa da planta, crua ou seca, uso esse restrito aos indígenas mexicanos em suas cerimônias religiosas.
Atualmente, porém, vem sendo consumida da mesma forma que o LSD, havendo no Brasil apenas alguns casos isolados de consumidores.
Cocaína (Erythroxylon Coca)
Origem: arbusto da flora do Peru, Bolívia e Colômbia, chamado ‘’coca”, de cujas folhas é extraído o alcaloide.
Em idioma grego: erythros=vermelho; xylon=madeira (por causa do caule avermelhado da planta)
Em idioma inca: coca = planta.
É um pó branco, inodoro, sabor amargo.
Os indígenas do Peru mastigavam as folhas da coca para obter mais energia, afastar o cansaço e mitigar a fome e a sede.
As folhas da coca contêm 1% da cocaína.
Na Colômbia, atualmente, a produção e exportação atingiram níveis gigantescos.
O tristemente famoso “Cartel de Medelin” praticamente supre a demanda mundial. Seu braço armado coloca, em termos de violência, os piratas da Idade Média no nível das escolas maternais.
A cocaína pode ser usada de diversas maneiras:
Pó: Aspirada como rapé ou com o auxílio de um canudinho, sendo absorvida pela mucosa nasal (irrita a mucosa, vindo a destruí-la, mas o viciado não percebe em tempo, pelo poder anestésico. Quando descobre, já é tarde e os efeitos destruidores são irreversíveis)
Líquido: Ingerida, não produz nenhum efeito porque é
destruída no estômago; como injeção subcutânea ou intravenosa é de ativo efeito;
Mastigação: Absorvida pela mucosa bucal, quando então produz alucinações .
A cocaína é preferida pelos artistas, por ser estimulante.
A Folha de São Paulo, de 05/março/1990, publicou: Droga vendida em SP só tem 7,5% de cocaína. Informava ainda a notícia que em cada um grama de cocaína vendido em São Paulo, apenas 7,5% são compostos pela droga. O resto é uma mistura de substâncias como:
- Ácido bórico (formicida caseiro misturado com cerveja),
- Açúcar;
- Pó de vidro;
- Bicarbonato de sódio;
- Cloridrato de lidocaína (xilocaína).
Segundo a Polícia, uma cocaína considerada de boa qualidade provoca amortecimento na língua do comprador em um espaço menor que cinco segundos. E mais:
- A droga, em si, é altamente excitante;
- Os aditivos, particularmente a xilocaína, são anestésicos;
Resultado: convulsões e a morte (há notícias de adição de pó de mármore e talco à cocaína).
Crack
Nos EUA, nos anos 80, surgiu e logo se difundiu, ampliando-se assustadoramente, o consumo do crack (derivado da cocaína), por ter custo menor. Usado em cachimbo, em pedras, a combustão quebra-as e faz o barulho: crack (em inglês: crack = estalido).
O crack chegou a São Paulo‒SP em 1988, segundo os primeiros registros policiais sobre esse derivado da cocaína.
O crack, lamentavelmente, popularizou-se de tal forma e com tamanha rapidez que apenas na Capital do Estado de São Paulo já contava, em fins de 1995, com 5.000 pontos de venda, sendo jovens da classe média, a maior clientela.
Estimativamente, só na Grande São Paulo, em 1997, 150 mil pessoas usaram o crack, movimentando, no mínimo, R$15 milhões.
A fumaça do crack leva apenas 4 segundos para ir do pulmão ao cérebro, pela corrente sanguínea, e provocar o denominado “tuim”, devastador furacão que desestrutura os neurônios, células diferenciadas pertencentes ao sistema nervoso.
A ação sobre os centros do prazer do cérebro é fulminante.
Os craqueiros ‒ viciados em crack ‒ não conseguem “pipar” (consumir o crack, por meio de qualquer tipo de inalação da fumaça da pedra) apenas uma vez, pois o efeito é de pequena duração (20 minutos), e por isso “pipam” várias vezes seguidas. Então, o craqueiro entra em perturbações graves do sono, seguidas de convulsões e desmaios. Ao acordar, está pálido, apresenta tremores no corpo, tem tosse seca e faz gestos sistemáticos, incoerentes.
Em poucos meses, o crack pode levar o usuário à morte.
Se o usuário é pobre, não resiste.
Se é de classe média para cima, perde peso (adquire magreza proteica) e a longo prazo, também pode morrer.
Pobres ou ricos, não poucos usuários do crack tentam o suicídio, ante a perda da memória, paranoia, perda do desejo sexual e comportamento violento.
Muitos pais só descobrem que o filho é usuário do crack quando ele apresenta olhos vidrados, fortes dores do estômago e, levado ao médico, após exame, é constatada a presença da droga.
Nessa fase, mais do que nunca, o amparo familiar será fundamental para que o problema seja tratado às claras, o que proporcionará medidas eficazes para eliminar o vício, pois o amor é o maior de todos os antídotos.
Não foi à toa que o apóstolo Pedro, médium de consagradas virtudes, comentando as coisas entre a Terra e o Céu, bem que já pregava, com sublime ênfase: O Amor cobre uma multidão de pecados (I Pedro, 4-8).
Tiago, bondoso também, conclamava: Meus irmãos, se alguém entre vós se desencaminhar da verdade e outro o fizer voltar, sabei que aquele que fizer um pecador voltar do erro do seu caminho, salvará a sua alma da morte e cobrirá uma multidão de pecados. (Tiago, 5-19e20).
Como se vê, sempre o amor, como o melhor de todos os remédios.
O trabalho honesto, no campo, por exemplo, oferece tempo de recomeço, para uma nova vida. Trabalhando em contato permanente com a natureza, o dependente afasta-se dos núcleos densamente habitados, onde o vício é mais abrangente.
Ópio (Papaver Somniferum)
Origem: no Oriente (China). Grego: Opium = suco.
É obtido por incisão de frutos ainda verdes da papoula sonífera.
O suco, assim recolhido, é seco ao sol e adquire:
- Consistência pastosa;
- Coloração escura;
- Aroma nauseante;
- Sabor amargo.
Após a secagem, é sovado e amassado até adquirir a forma de pão arredondado e chato, ou reduzido a pó, que é o método mais usual.
Empregado para amainar dores, desde 4.000 anos A.C.
Pode ser consumido mascando ou fumando.
Deste alcaloide foram isolados mais de 20 subprodutos dos quais o principal é a morfina.
Morfina
É um derivado do ópio.
Grego: Morpheus = deus do sono.
É um alcaloide branco e cristalino.
É o princípio mais ativo obtido do ópio; isolado em 1806 e sintetizado em 1952.
O pó é inodoro e de sabor amargo.
Com a invenção da seringa hipodérmica a morfina passou a substituir quase totalmente o ópio.
A morfina foi largamente utilizada pela Medicina, até bem pouco tempo, como sedativo da dor, no caso de pacientes terminais acometidos de carcinomas.
Heroína
É uma substância química, obtida da morfina.
Substitui-se dois átomos de hidrogênio da sua molécula por dois radicais de acetila (tal processo, de altíssima especialização, parece justificar o preço astronômico da heroína).
É um pó branco, cristalino, pouco solúvel em água fria.
Quando pura, chega a ser 200 vezes mais cara do que o ouro.
No Brasil é pouco usada.
Tem mercado de consumo a partir da classe média alta.
É vendida em papéis de celofane, quase sempre misturada à lactose ou quinino.
Cada dose pesa cerca de 200 miligramas, onde apenas 1O% são heroína, o resto é excipiente.
A dependência exige injeção de duas em duas horas.
Pode ser usada por inalações, ingestão ou injetada via intravenosa ou subcutânea.
Junto com a cocaína e a morfina forma o grupo das drogas pesadas ou tóxicos maiores.
O dependente químico da heroína (assim como da cocaína ou da morfina) costuma trazer consigo uma seringa, utilizada para autoaplicações. Via de regra, essas aplicações são feitas sem a mínima observância das regras de assepsia, de modo que aumentam muito os riscos para a saúde humana, pois as seringas são usadas várias vezes por diversos viciados.
Ecstasy
O ecstasy (palavra inglesa = êxtase, enlevo) é uma mistura de estimulante e substâncias alucinógenas, que começou a ser feita em 1989, em laboratórios da Inglaterra. Sem tardança, espalhou-se mundialmente.
Tem a sigla de MDMA (metilendioximetanfetamina) e é feito em cápsulas.
O ecstasy é consumido em forma de pílulas e, pelo noticiário geral, foi eleito a droga do momento em boates e festas privês (particulares) de São Paulo e em algumas cidades paulistas. É considerado droga da elite, pois cada pílula tem custo médio de R$40 (quarenta reais), sendo importada.
Há vários tipos de ecstasy, sabendo-se que alguns podem conter heroína.
O ecstasy deixa o usuário extasiado, desinibido, eufórico. Rompe os bloqueios humanos, acaba com a angústia. Torna a pessoa mais comunicativa e receptiva, motivo pelo qual é denominado droga do amor.
Isso, num período de 2 a 4 horas.
Após isso:
- Provoca sequelas tais como convulsões e parada cardíaca, por consequência das reações orgânicas causadas pelos alucinógenos e estimulantes;
- O uso prolongado pode também destruir o fígado e danificar coração e cérebro;
- O usuário, na tentativa de evitar a desidratação, já que a droga provoca superaquecimento do corpo, bebe quantidades letais de água, inchando o cérebro;
- Observaram-se casos de usuários com hipertensão, sudorese, embotamento da visão e bruxismo (ranger de dentes);
- Outros consumidores de altas doses tiveram reações psicóticas e não de êxtase.
- Algumas pessoas, sob seu efeito, assumem posição fetal por vários dias.
Mela
A droga denominada “mela”, surgida em 1993 e utilizada em Porto Velho‒RO, pode ser considerada a prima pobre do crack. Segundo a Polícia Federal, a nova droga também estava sendo comercializada no Amazonas, Acre e Mato Grosso, mercados de baixa renda.
É derivada das folhas de coca (arbusto da região andina, cujas folhas e cascas fornecem vários alcaloides, dos quais o mais importante é a cocaína) banhadas em gasolina ou querosene, sem utilização de ácido sulfúrico, amassadas com os pés, ficando parecidas com um barro cinzento. Esse barro é espremido dentro de um pano, até se transformar na “mela”, que então é misturada a cigarros comuns (ou de maconha) para ser consumida, pois não queima sozinha.
Tem preço relativamente baixo.
- O usuário da mela é levado à paranoia, transpira pelo corpo todo, fica com os olhos esbugalhados e fala baixinho. Qualquer ruído lhe causa pânico. As crianças que utilizam a mela tornam-se franzinas e passam a ter os dentes podres.
Merla
Seria a merla que invadiu Brasília (segundo pesquisa concluída em novembro de 1997), a mesma mela consumida no norte do Brasil desde 1993?
Parece que sim, apenas mais sofisticada. Até no apelido.
Com efeito, a merla, também um subproduto da coca, surgiu em Brasília‒DF, como opção barata ao crack, pois custa metade do preço.
A merla é obtida a partir da pasta da coca (aqui a primeira diferença da mela) que já chega ao Distrito Federal vinda da Bolívia, da Colômbia ou do Peru. Em laboratórios improvisados, são adicionados vários produtos químicos (segunda diferença) tais como ácido sulfúrico, querosene, gasolina, benzina, metanol, cal virgem, éter e pó de giz. Fica pastosa e com cheiro forte, com tonalidade que varia do amarelado ao marrom.
A merla produz um inferno químico no organismo do usuário:
- Suor com mau cheiro permanente por causa das substâncias químicas usadas no refino da droga;
- Riscos sérios de hepatite tóxica;
- Prejuízo à memória e descoordenação motora, pela destruição de grandes quantidades de neurônio;
- Dor de cabeça crônica;
- Dificuldades respiratórias pela formação de placas que grudam nas paredes dos pulmões, gerando a chamada fibrose pulmonar;
- Taquicardia ‒ em casos extremos, parada cardíaca.
Skunk
Skunk é uma palavra inglesa, que significa: gambá.
É o apelido de uma nova droga, híbrida, variante da maconha, criada em laboratório. Tem cheiro extremamente forte, por isso a razão do seu apelido.
É considerada super maconha, conseguida pelo cruzamento de vários tipos de maconha vindos de diversas regiões, particularmente do Egito, Afeganistão e Marrocos. Preço é dez vezes o da maconha comum.
O skunk teria surgido na Holanda em 1990. Apresenta folhas com uma concentração de 30% de THC (tetrahidrocanabinol) ‒ o mais importante princípio ativo da droga ‒, contra 4% nas variedades normais. Por isso, tem efeito sete vezes maior que a maconha comum. É produzido em estufas hidropônicas (cultura de hortaliças sem solo, para produção intensiva).
Todas as, aproximadamente, 421 substâncias ativas da maconha comum estão potencializadas no skunk, com os seguintes prejuízos aos usuários:
- Sob efeito entorpecente sete vezes maior que o da maconha comum, há modificação das percepções, ocasionando alucinações e delírios;
- Costumam apresentar quadros de paranoia mais frequentes do que os usuários da maconha comum;
- Podem provocar redução na produção de esperma e testosterona, prejudicando o crescimento e a puberdade.
Outras drogas (no cenário noturno)
Novas drogas têm surgido no cenário daqueles que caem na noite, à cata de aventuras:
D Meth: anfetamina potencializada, com efeito estimulante prolongado;
D M T: pó alaranjado presente no chá do Santo Daime, cujo consumo excessivo pode provocar surtos psicóticos;
G H B: composto que produz um efeito de embriaguez semelhante ao do álcool, podendo provocar convulsões e até coma;
2 C B: causa vertigem e alucinações (consumido em casas noturnas da Flórida e Califórnia, EUA);
Special K: anestésico cirúrgico que desencadeia uma sensação de leveza e, em doses elevadas, anula todo o senso de direção de seus usuários;
Pólvora: sim, a velha pólvora adicionada ao álcool, ingerida por usuários em São Paulo‒SP, de efeito devastador, pode matar em pouco tempo.
A escada… para baixo
Tóxicos formam uma escada descendente de sombrios degraus:
- Produção: erro brutal do emprego da inteligência humana, utilizando matéria inorgânica (minerais) ou orgânica (vegetais), em combinação com derivados químicos, para servirem grande variedade de drogas (sempre criando novas) à mesa de desavisados consumidores;
- Tráfico: perifericamente à produção das drogas, em sequência equivocada, num segundo passo, o tráfico: verdadeiro dragão cujo alimento é o dinheiro;
- Corrupção: no desenfreado mergulho dos agentes e usuários das drogas, rumo ao abismo físico espiritual, a corrupção, colocando nuvens negras no futuro espiritual de todos eles e não raro de autoridades, com maior ou menor responsabilidade, mas todos, em queda livre contrária à paz;
- Consumo: é o 359° graus que, ao fim, fecha o círculo que forma o mundo das drogas.
Quando todas essas atividades infelizes se acoplam desaparece a escada e a queda é qual mergulho no abismo.
Visão espírita do (mau) emprego da inteligência
Como podemos observar, cada vez mais surgem novas drogas no cenário mundial, fruto de mentes doentias que, buscando lucros fabulosos e rápidos, não consideram os danos morais e físicos que irão causar.
Não será novidade aos espíritas, mas serve de enérgico alerta também aos que ainda não foram brindados com as luzes do Espiritismo, o fato inquestionável que aos encarnados ligados direta ou indiretamente às drogas não falta o apoio efetivo e eficaz de espíritos desencarnados.
É dessa triste conjugação de mentes que surgem sempre novos entorpecentes no panorama terrestre.
Alguém poderá questionar:
Mas o que lucram os desencarnados com isso?
Em resposta, esclarece-nos a Doutrina Espírita que os desencarnados mantêm as mesmas características de quando caminhavam com o corpo físico, o que lhes constitui patrimônio individual. Assim, aqueles apegados à matéria ou aos costumes e vícios terrenos, após o fenômeno natural da morte física, continuam com os mesmos anseios, as mesmas necessidades, as mesmas sensações.
No caso dos viciados em geral, drogados em particular, serão alcançados por cruéis ânsias que a abstinência forçada do mundo espiritual lhes impõe. Buscando, de qualquer maneira, atender aos insuportáveis reclamos do vício, só encontrarão deságue na proximidade com encarnados viciados, dos quais se tornarão verdadeiros vampiros, por simbiose espiritual, haurindo-lhes os fluidos e sensações que evolam de suas auras, quando, então, ambos satisfazem-se.
Triste sociedade, na qual um ou mais sócios são invisíveis.
Tal fato justifica plenamente o porquê de os viciados sempre quererem mais e mais numa caminhada sem fim na trilha do vício. Tão forte é o apelo do desencarnado que isso, acoplado ao do próprio encarnado, gera a dependência, a qual se sobrepõe a todos os valores éticos, sociais e morais do comportamento humano.
Tal quadro desemboca na ruína física, social e espiritual.
Comumente, no crime.
Colheitas difíceis
Informam-nos Espíritos Protetores que todas as substâncias alucinógenas desestruturam os campos espirituais de proteção natural do ser humano, com danosos reflexos orgânicos.
Pela opção equivocada da toxicomania, o Espírito perde o seu norte de progresso moral, compromete seriamente o perispírito.
É no perispírito que ficam impressas danosas “matrizes psíquicas”, com imediatos reflexos destruidores no corpo físico. Referidas “matrizes psíquicas” serão forma fiel para novos corpos, em novas reencarnações, nas quais o indivíduo terá que resgatar tão insensato desvio do equilíbrio em que estava, antes de se drogar.
Tal resgate, a bordo de sofridas expiações, será a única forma de reconstituir o perispírito.
Essa reconstituição da normalidade no equipamento orgânico, talvez inicie já a partir da próxima reencarnação.
Depreende-se que serão demorados tempos de sofrimento.
Isso não é dito aqui como ameaça, apenas, como informação, altamente instrutiva e para que o viciado se disponha a abandonar o vício ‒ em benefício próprio ‒, já a partir do presente, mas, principalmente, em benefício do futuro. O seu futuro.
Dica
Material extraído do livro abaixo. Leia o ebook de forma gratuita: