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Educação espírita da infância é diferente de recreação infantil

Autor: Thiago Rosa

Pode ser um termo muito antigo, muito usual para os homens de chapéus de fino trato do passado. Hoje em dia, chapelaria é sinônimo de guardar coisas. Você leva uma bolsa e não tem onde deixar, ou leva uma blusa a mais e não aguenta ficar com ela no colo, sem contar o guarda-chuva que não consegue aparar em lugar algum. Para tudo isso, muitos lugares oferecem o serviço de chapelaria.

O que também é algo muito comum em casas noturnas e de espetáculos. É um nome requintado apenas para o que os mercados passaram a utilizar como guarda-volumes. Pode ser necessário para muitas pessoas com pertences a mais nas mãos. Na casa espírita talvez você já pode ter precisado de algo neste sentido e talvez nunca encontrado. Pode ser que um ou outro centro também tenha este tipo de serviço. Igrejas e templos de outras religiões e crenças podem fazer disso algo comum também.

Tudo isso acima para chamar a atenção de um ponto ainda muito mais importante. Pode ser que muitas casas não tenham um “guarda-volumes” de pertences materiais. Mas tem muitos Centros Espíritas que tem Educação Espírita Infantil que faça uso deste serviço.

Você já conheceu alguma criança “chapéu”? Eu já! E isso não é tão incomum quanto parece ser. Muitas casas espíritas, seja por dificuldade ou não, ao invés de conseguirem fazer algum trabalho de educação espírita para criança, acaba criando uma grande chapelaria. Sem proposta de boa vontade, achando que estão fazendo muito por recolher os filhos de trabalhadores e participantes, apenas entretendo, alocam crianças para o grande “guarda volumes” reservado em determinado canto da Casa.

Filhos de chapeleiros são muito comuns também. Muitos pais simplesmente deixam os filhos na “escolinha” enquanto assistem palestras, participam de cursos ou realizam determinado trabalho. A grande diferença está no acompanhamento destra criança e no incentivo de seus estudos. Deixar o pequeno apenas lá, não significa dar algum tipo de conhecimento ou auxílio na formação e evolução do indivíduo. Afinal, ele apenas está lá.

Para a Educação Espírita Infantil gerar resultado, agir na transformação do ser, precisa existir uma mescla de dedicação da Casa Espírita com seus colaboradores, assim como também dos pais.  Só o trabalho em conjunto pode gerar algum tipo de resultado positivo na criança. Para isso é preciso mudar a chapelaria para a realização de aprendizado.

E reformar o chapeleiro em pais responsáveis e dedicados.

A mesma dedicação que se espera do adulto nos seus cursos, no trabalho e aperfeiçoamento do seu conhecimento na doutrina espírita, deve ser de igual para os filhos. A seriedade e o compromisso devem ser o mesmo. Só assim para conseguirmos inserir a sementinha que irá brotar no futuro com homens e mulheres de bem.

Pense nisso!

Fala MEU! Edição 84, ano 2012

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