Nascida em 1849 e desencarnada a 20 de julho de 1918.
Elisabeth D’Esperèrance, ou Madame D’Espèrance, cujo verdadeiro nome era Mrs. Hope, foi médium de grande projeção, tendo servido de instrumento para as pesquisas encetadas por muitos sábios de sua época.
Sua carreira no campo mediúnico alcançou grande notoriedade, abrangendo o continente europeu e principalmente a Inglaterra.
Apareceu em público pela primeira vez, graças à interferência de T. P. Barkas, cidadão bastante relacionado na cidade de New Castle. Nessa época a médium era uma mocinha de educação média, entretanto, quando em transe mediúnico, demonstrava bastante discernimento das coisas, revelando um grau elevado de sabedoria, muito acima do consenso geral. Extensas listas de perguntas eram elaboradas por Barkas, abrangendo vários aspectos da Ciência, e as respostas eram obtidas com incrível rapidez, e geralmente em inglês, porém, algumas vezes em alemão ou em latim.
A médium viveu em meio dos casos mais estranhos, desde a mais tenra idade, pois, em suas memórias, ela descreve as suas aventuras com Espíritos de aparência infantil, que com ela brincavam, altercavam-se e logo após se reconciliavam. Suas faculdades mediúnicas foram das mais portentosas e se intensificaram com o decorrer dos anos, especialmente no campo das materializações, onde conseguiu resultados verdadeiramente impressionantes. Na obscuridade escrevia respostas as mais sofisticadas às questões formuladas por pessoas que as buscavam em uma biblioteca inteira. Tais indagações eram formuladas de forma aleatória, em inglês, alemão ou latim e mereciam respostas no mesmo idioma, sem qualquer espécie de erro de estilo ou de gramática.
Por seu intermédio encetaram-se várias e frequentes experiências com o Espírito de belíssima jovem árabe, de negra e ondulada cabeleira, de pele morena e muito graciosa.
Demonstrou notável capacidade nos fenômenos de materializações, principalmente na formação de plantas que passavam a ter prolongada duração e que eram colocadas em jardins.
Afirmou o Dr. William Oxley que conseguiu, por meio da médium, a materialização de 27 rosas e outras plantas em uma só sessão. Dentre essas plantas salientava-se uma cujo nome científico era “Ixora Crocata”, que foi colocada numa estufa, e ali viveu cerca de três meses, quando então se secou.
Oxley também presenciou a materialização, com grande nitidez, de uma jovem de rara beleza, a qual, após apresentar-se em toda a sua magnitude começou a desmaterializar-se, a começar pelos pés, como se fora uma estátua de cera colocada sobre uma placa quente. Vários outros comentários de Oxley estão contidos em sua obra “Revelações Evangélicas”.
O Conde Alexander Aksakof também realizou várias pesquisas com a famosa médium, obtendo resultados os mais positivos, o mesmo sucedendo com o professor Butlerof, catedrático de Química da Universidade de Petersburgo.
Certa manhã, a médium, estando ocupada em escrever algumas cartas comerciais, em dado momento verificou, com espanto, que sua mão havia escrito automaticamente o nome “Swen Stromberg”. Ninguém soube explicar de quem se tratava.
Algum tempo após, quando Aksakof e Buttlerof faziam experimentações no sentido de fotografar Espíritos materializados, atrás da médium apareceu também a figura de um homem.
Consultado, o mentor espiritual explicou tratar-se de um personagem cujo nome era exatamente Swen Stromberg, o qual havia desencarnado no dia 13 de março daquele ano, em New Stockholm, e pedia que seus pais fossem avisados sobre o seu decesso.
Os pais, quando viram a fotografia reconheceram de pronto o filho que havia desencarnado, deixando esposa, filhos e sendo pranteado por muita gente.
Fonte: Personagens do Espiritismo.