fbpx

Emma Hardige Britten

Nenhuma história do Espiritismo seria completa sem referências a essa notável escritora, que foi denominada Apóstolo Paulo feminino do movimento espírita. Ela era uma mocinha inglesa que havia ido para Nova Iorque com uma empresa de teatro e tinha permanecido nos Estados Unidos, onde viveu em companhia de sua mãe. De educação protestante, repelia com energia qualquer aproximação com os espíritas, entretanto, no ano de 1856, foi novamente posta em contato com o Espiritismo, quando teve provas irrefutáveis das verdades por ele apregoadas. Logo descobriu que era, também ela, poderosa médium, podendo- se afirmar que um dos casos mais bem documentados, e que alcançou notável sensacionalismo, foi a sua informação de que o navio “Pacific” tinha naufragado no Atlântico médio, perecendo todos os passageiros. Após essa revelação ela foi perseguida pela companhia proprietária do navio, por haver repetido o que lhe havia dito o Espírito de uma das vítimas da catástrofe. Verificou-se posteriormente que a sua informação mediúnica era verdadeira, pois o navio havia realmente naufragado e nunca mais apareceu.

Em 1866 voltou ela para a Inglaterra, onde desenvolveu intensas atividades, produzindo duas grandes obras: “Moderno Espiritualismo Americano” e “Milagres do Século Dezenove”, livros esses que representaram interessantes pesquisas, unidas a um raciocínio claro e lógico. No ano de 1870 casou- se com o Dr. Britten, espírita tão devotado quanto ela. Tudo indica que foi uma união realmente feliz.

Em 1878 foram à Austrália e Nova Zelândia, na qualidade de missionários do Espiritismo, ali demorando muitos anos e fundando numerosas sociedades. Quando na Austrália, ela escreveu: “Fé, Fatos e Fraudes da História Religiosa”, livro que ainda hoje exerce relativa influência.

Entre outros monumentos de sua autoria, Emma Hardinge Britten fundou “Os Dois Mundos”, de Manchester, órgão que ainda atualmente desfruta de grande circulação, representando um veículo publicitário de grande penetração em todo o mundo.

Ernesto Bozzano, um dos maiores escritores espíritas, profundo investigador, homem de ciência, polemista emérito, cuja obra honra e engrandece a Doutrina Espírita, em notável depoimento escrito para a revista “La Luz Del Porvenir”, relatou que o livro “Moderno Espiritualismo Americano”, lhe foi muito proveitoso no período de sua conversão ao Espiritismo.

A obra de Emma Harding Britten, nos primórdios do Espiritismo, foi das mais relevantes, devendo- se a ela grande número de conversões, inclusive de pessoas de grande projeção na época.

A sua desencarnação aconteceu no ano de 1889. 

Fonte: Grandes Vultos do Espiritismo

spot_img