Autor: Edmílio de Menezes (espírito)
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Eu mesmo estou a ignorar se posso
Chamar-me ainda o Emilio de Menezes,
Procurando tomar o tempo vosso,
Recitando epigramas descorteses.
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Como hei de versejar? Rimas em osso
São difíceis… contudo, de outras vezes,
Eu sabia rezar o Padre-Nosso
E unir meus versos como irmãos siameses.
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Como hei de aparecer? O que é impossível
É ser um santarrão inconcebível,
Trazendo as luzes do Evangelho às gentes…
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Sou o Emilio, distante da garrafa,
Mas que não se entristece e nem se abafa,
Longe das anedotas indecentes.
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo