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Eu mesmo

Autor: Edmílio de Menezes (espírito)

*

Eu mesmo estou a ignorar se posso

Chamar-me ainda o Emilio de Menezes,

Procurando tomar o tempo vosso,

Recitando epigramas descorteses.

*

Como hei de versejar? Rimas em osso

São difíceis… contudo, de outras vezes,

Eu sabia rezar o Padre-Nosso

E unir meus versos como irmãos siameses.

*

Como hei de aparecer? O que é impossível

É ser um santarrão inconcebível,

Trazendo as luzes do Evangelho às gentes…

*

Sou o Emilio, distante da garrafa,

Mas que não se entristece e nem se abafa,

Longe das anedotas indecentes.

Nota

A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo

Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo

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