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Fatalidade

Autor: Antero de Quental (espírito)

*

Crê-se na Morte o Nada, e, todavia,

A Morte é a própria Vida ativa e intensa,

Fim de toda a amargura da descrença,

Onde a grande certeza principia.

*

O meu erro, no mundo da Agonia,

Foi crer demais na angústia e na doença

Da alma que luta e sofre, chora e pensa,

Nos labirintos da Filosofia…

*

E no meio de todas as canseiras

Cheguei, enfim, às dores derradeiras

Que as tormentas de lágrimas desatam!…

*

Nunca, na Terra, a crença se realiza,

Porque em tudo, no mundo, o homem divisa

A figura das dúvidas que matam.

Nota

A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo

Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo

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