Autora: Isabel d’Andrade Marques
Hoje em dia abrir um jornal, sintonizar uma estação de rádio, ver um noticiário na televisão ou simplesmente ir ao computador pesquisar qualquer coisa é cada vez mais uma tarefa hercúlea para não nos deixarmos abater pelo desânimo.
Os média não se poupam a esforços para que cada notícia que transmitem semeie nos corações o medo, o terror, a aflição e a sensação de incapacidade perante as notícias tão violentas que assolam o nosso planeta.
Mas o que se passa? O mundo enlouqueceu?
Muitas vezes ouvimos: “Deus esqueceu-se de nós!”
O que acha, querido(a) leitor(a)? Também pensa assim?
Será que, às vezes, perante tão dolorosos acontecimentos, essa mesma frase não nos vem inconscientemente à cabeça?
O Consolador Prometido por Jesus há mais de dois mil anos e codificado por Allan Kardec, ensinou-nos a ter, não uma fé cega, mas sim uma fé raciocinada. Por isso, vamos pensar juntos…
Cada um de nós é uma criação divina e todos estamos destinados à perfeição e à felicidade.
Na pergunta nº 13 d’ O Livro dos Espíritos, quando o Codificador pergunta aos Espíritos Instrutores quais são os principais atributos que podemos reconhecer em Deus, é-lhe respondido que “Deus é eterno, imutável, imaterial, omnipotente, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom.”
Nós, que já reconhecemos Deus como sendo o nosso Pai, um Pai soberanamente justo, bom e que nos ama incondicionalmente, nós, que vamos tentando, embora devagarinho, a nossa transformação moral para que nos possamos aproximar d’Ele, temos o dever de exemplificar na primeira pessoa a confiança que Nele depositamos.
E de que maneira o podemos fazer? Através daquele pequeno grão de mostarda exemplificado por Jesus ao dizer que se a nossa fé fosse do seu tamanho, moveríamos uma montanha de um lado para o outro, pois nada nos seria impossível.
Sendo a Terra um mundo de provas e expiações (onde o mal ainda se sobrepõe ao bem) e que neste preciso momento se encontra em transição para se tornar um mundo de regeneração (onde o bem já se sobrepõe ao mal) é muito natural que a Lei de Destruição aconteça, já que é através desta que o progresso floresce.
Sabemos que não há uma folha que caia de uma árvore sem que Deus tenha conhecimento disso. Confiemos no Pai e em Jesus, o amoroso comandante deste navio azul que é o nosso mundo, o qual Ele guia como ninguém, nesta tempestade que irá desembocar num novo mundo: o da regeneração, pela qual tanto ansiamos…
Onde quer que nos encontremos, façamos a nossa parte, exemplificando o amor cristão e depositando o nosso coração e confiança nas mãos amorosas do Pai. E lembremo-nos da linda oração que nos foi trazida por Meimei através da psicografia iluminada de Francisco Cândido Xavier, com o título “Confia Sempre”:
“Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.
Ainda que os teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo. Crê e trabalha.
Esforça-te no bem e espera com paciência. Tudo passa e tudo se renova na Terra, mas o que vem do céu permanecerá.
De todos os infelizes os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.
Eleva, pois, o teu olhar e caminha. Luta e serve. Aprende e adianta-te. Brilha a alvorada além da noite. Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com aflição ou ameaçando-te com a morte…
Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.”
E esse dia nascerá sempre a lembrar-nos que todos somos filhos da Luz, herdeiros da eternidade e profundamente amados por Deus!
Revista Verdade e Luz, Portugal – O jovem na Casa Espírita