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Flávio Castelhano: O jovem espírita quer saber

Entrevistador: Orson Peter Carrara

Responsável pela organização do livro “O Jovem Espírita quer Saber”, publicado pela Editora Lorenz, o confrade fala sobre os propósitos da obra que responde às dúvidas da mocidade espírita

Flávio do Amaral Castelhano (foto), natural de Piabetá, Magé-RJ, onde também reside, é Diretor Presidente do Centro Espírita Cultivadores do Evangelho. Formado em Administração de Empresas, atua junto ao Lar Fabiano de Cristo, como Assistente Financeiro. Recentemente lançou uma obra que apresenta inúmeros questionamentos feitos por mocidades espíritas do Estado do Rio de Janeiro, respondidos por escritores diversos, como ele explica na entrevista seguinte. 

Flávio do Amaral Castelhano

De onde surgiu e como se chama o livro que reúne temas e perguntas sugeridos pelos jovens? 

Surgiu de um convite feito pelo meu grande amigo Celso Pinheiro, vice-presidente da Editora Lorenz e Presidente do Grupo Espírita Esperantista Hora da Paz. Inicialmente, pretendíamos elaborar um livro todo escrito pela juventude; entretanto, o projeto foi ganhando uma outra roupagem, quando decidimos que os jovens deveriam questionar (à semelhança do que fez Kardec) sobre assuntos ligados ao seu interesse, enquanto outros deveriam responder. Daí o nome do projeto e do livro: “O Jovem Espírita quer Saber”.

De qual instituição participam esses jovens? E qual a editora que o publicou?

Como vemos na apresentação, esse foi um livro feito por muitas mãos, num total de 33 Mocidades Espíritas espalhadas por todo o nosso Estado do Rio de Janeiro e de fora. A editora é a Lorenz (editora de livros espíritas e esperantistas, fone (21) 2221-2269 ou [email protected]), que tem feito um trabalho de divulgação e projeção do livro espírita no meio espírita e não-espírita de maneira significativa, em conjunto com o Grupo Espírita Esperantista Hora da Paz.

Quantos autores assinam a obra? Quem são?

O time de convidados é de primeira grandeza. No total são 25 escritores, a saber: José Raul Teixeira, Richard Simonetti, Ney Lobo, Izaura Hart, José Passini, Sérgio Felipe de Oliveira, César Soares dos Reis, André Trigueiro, Orson Peter Carrara, Wagner Gomes da Paixão, Sandra Borba, Darcy Neves Moreira, Dalva da Silva Souza, José Carlos Leal, Eduardo Ferreira, Plínio Oliveira, Jorge Damas, Milton Menezes, Carlos Augusto Abranches, Cristian Macedo, Nadja do Couto Valle, Alexandre Machado, Érika Ferraz, Marcel Mariano e Marcelo Teixeira. 

Quais os temas abordados?

Namoro; sexo; homossexualidade; alimentação; drogas lícitas e ilícitas; depressão; suicídio; aborto; morte; gravidez na adolescência; conflito de gerações; casa espírita; mediunidade; arte; Esperanto; violência; liberdade; meio ambiente; Terra, mundo de regeneração?; entre outros temas palpitantes. 

Que detalhes da obra você gostaria de destacar?

Acreditamos que nossos maiores divulgadores serão os próprios escritores. Muitos deles estarão propagando em seus respectivos Estados. Gostaria de destacar que, além do excelente conteúdo doutrinário da obra, ela possui muitas fotografias, tanto dos jovens que participaram do livro quanto dos escritores. Colocamos fotos dos escritores jovens, tornando o livro atraente, não apenas pelo conteúdo, como também pela estética e pela curiosidade. 

Como foi feita a escolha dos entrevistados?

Não houve propriamente um critério rigoroso para elegermos os escritores. Uma coisa é certa, todos possuem larga folha de serviço à causa espiritista, conhecimento, vivência e autoridade para dialogar com a nossa querida juventude espírita. 

Quais as expectativas dos jovens com relação à obra?

As maiores e melhores possíveis. Afinal, é um livro em que eles estão participando, aguardando respostas para os seus questionamentos, inquietações e conflitos; e não apenas os jovens, mas os educadores, pais, iniciantes, estudiosos da doutrina, “jovelhos” etc. Todos nós queremos saber mais e mais… para vivermos melhor e nos tornarmos melhores. 

Por falar em jovens, como você vê hoje o envolvimento dos jovens com o panorama atual da sociedade?

Se por um lado vemos jovens mal saídas da infância grávidas, jovens violentos, jovens imaturos, jovens vazios, jovens conflitados etc., por outro, temos jovens idealistas, jovens cientistas, jovens professores, jovens piedosos, jovens doadores, jovens médiuns, jovens estetas… O grande problema é que o mal toca trombeta, faz barulho, grita…, o bem continua falando baixinho, dentro de uma timidez que poderíamos chamar de omissão e, em alguns casos, de covardia.

Toda mudança para ser legítima precisará ter raiz e solidez dentro de cada um de nós, daí a necessidade de incentivarmos o bem, falarmos do bem, divulgarmos o bem, apoiarmos o bem e, sobretudo, vivermos no bem…

Juventude não é sinônimo de irresponsabilidade, desequilíbrio, vazio, conflitos…, ao contrário, a juventude, quando bem orientada, é oxigênio novo nos pulmões cansados do mundo que agoniza e, quando vitalizada por Jesus, torna-se sadia, equilibrada, vigorosa, responsável, enfim, torna-se a carta viva que irá levar ao mundo a mensagem fulgurante do verdadeiro Amor. 

Algo mais que gostaria de acrescentar?

Gostaria de agradecer pelo espaço, em nome da Editora Lorenz e dos companheiros do Grupo Espírita Esperantista Hora da Paz. Agradecendo também a todos que colaboraram com a concretização deste trabalho, todo ele feito voluntariamente: jovens, escritores, toda a revisão e prefácio do Marcelo Alves Teixeira, capa e diagramação de Rogério Mota. Importante ressaltar que toda a renda do livro será destinada para obra social e cultural mantida pelo Grupo Espírita-Esperantista Hora da Paz (Rua Primeira, 258, Santa Cruz – Rio de Janeiro – RJ – CNPJ 32380818/0001-73 – [email protected]).

O consolador – Ano 5 N 209 – Entrevista

Título original: “Juventude não é sinônimo de irresponsabilidade, desequilíbrio, vazio, conflitos…”

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