Nascido em Keswick (Cumberland), Inglaterra, a 6 de fevereiro de 1843, e desencarnado em Roma, Itália, a 17 de janeiro de 1901.
Fredrich William Henry Myers, mais conhecido por Fredrich Myers, foi erudito literato inglês, famoso pelos seus escritos notáveis e estudos sobre os fenômenos espíritas.
Educou- se no Colégio da Trindade, de Cambridge, e, após ter colimado uma série apreciável de triunfos, foi nomeado professor do mesmo instituto de ensino e, em 1872, inspetor de todas as escolas do Distrito. Nessa época já havia publicado um poema intitulado “São Paulo”. Nos anos de 1870 e 1872 lançou mais dois volumes de poesias. Em 1883 publicou seus “Ensaios Clássicos e Modernos” (Essays Classical and Modern), obra que alcançou notável valor literário.
No ano de 1882, após vários ensaios, estudos e discussões, figurou, em primeiro lugar, na lista dos fundadores da “Sociedade de Investigações Psíquicas de Londres”, tornando- se o porta- voz da mesma sociedade, dando sua contribuição valiosa na revisão da magistral obra “Fantasma dos Vivos” (1886), cuja introdução escreveu. De sua autoria é ainda a obra “A Ciência e a Vida Futura”.
Posteriormente à sua desencarnação foi publicado seu livro “Human Personality and its Survival of Bodily Death”, vertido para o português com o título “A Personalidade Humana” obra que constituiu, de direito e de fato, preciosa contribuição no campo das investigações psíquicas e que foi qualificada pelo sabio William James como a primeira tentativa de se considerar os fenômenos de alucinação, hipnotismo, automatismo e dupla personalidade como partes de um só todo.
A sua obra “A Personalidade Humana” foi dedicada a Henry Sidgwick e a Edmond Gurney, constituindo um repositório de fulgurantes ensinamentos. Nessas Myers proclama que “assim como Sócrates fez descer a Filosofia do Céu para a Terra, o médium Emmanuel Swedenborg foi quem levantou a Filosofia da Terra para o Céu”.
O Espiritismo muito deve a Fredrich Myers pelo interesse que sempre demonstrou pelas pesquisas dos fenômenos psíquicos e pelo idealismo que o norteou, procurando convencer muita gente mediante um trabalho metódico e de divulgação das verdades espíritas, por meio de obras que tiveram o mérito de sensibilizar muitas pessoas de notória influência, dentre elas “Sir” Arthur Conan Doyle, o genial criador de “Sherlock Holmes”, que chegou a afirmar num dos seus relatos que a obra de Fredrich Myers “A Personalidade Humana” foi aquela que mais o impressionou, contribuindo decisivamente para a sua conversão ao Espiritismo. Em sua obra “História do Espiritismo”, Conan Doyle presta testemunho sobre Myers, asseverando: “A Fé que F. W. H. Myers havia perdido no Cristianismo foi restaurada pelo Espiritismo”. Em seu livro “A Fé Final”, diz ele: “Não posso, num sentido profundo, contrastar a minha crença atual com o Cristianismo. Considero- a antes um desenvolvimento científico da atitude e do ensino do Cristo”.
Fredrich Myers foi, como decorrência, um dos mais eruditos pesquisadores do século passado e sua contribuição em favor da divulgação dos postulados espíritas foi das mais apreciáveis.
Fonte: Grandes Vultos do Espiritismo.