Autor: Cruz e Souza (espírito)
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Para aquém dessas cruzes esquecidas
Nas sepulturas ermas e desertas,
Há o turbilhão frenético das vidas
Sobre as estradas ásperas, incertas…
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Inda há sânie das úlceras abertas
No coração das almas combalidas,
Gozadores de outrora entre as refertas
Das ilusões que tombam fenecidas.
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Só uma glória mirífica perdura
Concretizando os sonhos da criatura
Cheia de crenças e de cicatrizes:
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É a vitória da Dor que aperfeiçoa,
Luminosa e divina, humilde e boa,
Glória da Dor, que é pão dos infelizes.
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo