Autor: Augusto dos Anjos (espírito)
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Desolação. Terror e morticínio.
O homem sôfrego e bruto, de ânsia em ânsia,
Sofre agora a sinistra ressonância
De sua inclinação para o extermínio.
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É o doloroso e trágico domínio
Do “homo homini lupus” da ignorância,
Exaltando a vaidade sem substância,
Ídolo podre sobre o esterquilínio.
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Por toda a parte, escorre o sangue horrível,
Ao crepitar de rúbidos incêndios,
Sobre a ideia cristã medrando em germe.
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Em quase tudo, o pântano terrível,
De lodo e lama, em sombra e vilipêndios,
Atestando as vitórias do homem-verme!
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo