Autora: Eugênia Pickina
Na natureza, nada existe sozinho.
Rachel Carson
Plantar árvores, fazer horta caseira ou iniciar na jardinagem são atividades que estimulam uma boa relação da criança com a natureza e, em consequência, proporciona um aprendizado ético e afetivo na infância, enriquecendo também a convivência familiar.
Quem tem quintal em casa pode convidar a criança a plantar uma árvore ou, por falta de espaço, optar por plantinhas variadas… Ou ainda escolher, acolhendo a opinião da criança, erva ou vegetal – e que servirá como incentivo para uma alimentação mais saudável.
No dia a dia, através do contato com árvores e plantas diversas, a criança desenvolve os sentidos, adquire noções sobre o ciclo da vida, aprende sobre responsabilidade, aprende sobre as diferenças (pois há plantas que gostam de luz solar direta, há plantas de sombra etc.), assimila respeito e amor à natureza e, mais à frente, amplia essa perspectiva ética e afetiva para o exercício da própria vida e cidadania; desenvolve a paciência, virtude importante para todos nós que dependemos da vida em sociedade.
A educação transforma quando está diretamente relacionada com o cotidiano da criança. Se você der uma árvore ou uma semente para o seu filho, ele vai cuidar, porque de maneira prática entende que fazê-lo é importante.
Trabalhar com a terra só propicia coisas boas, dá vigor à relação criança-natureza e, sem dúvida, faz bem para toda a família.
Notinhas
As crianças que desde cedo são envolvidas com jardinagem e práticas de cultivo naturalmente consomem mais frutas e legumes do que as crianças que estão acostumadas a ver os alimentos prontos. Ao vivenciar no dia a dia como crescem legumes, verduras, frutas, a criança desperta interesse para hábitos alimentares mais saudáveis.
A partir dos 3 ou 4 anos a criança já tem noção de que não pode arrancar as folhas de uma planta e de que é preciso regar e cuidar de uma planta, uma árvore etc., treinando noções sobre cuidado e responsabilidade.
O consolador – Ano 12 – N 602 – Cinco-marias