Autor: Francisco Rebouças
Muitos médiuns na Seara espírita, de forma equivocada continuam a se julgarem indispensáveis nas tarefas da mediunidade nas instituições espíritas, onde alguns deles exigem posição de destaque, evidenciando a sua importância para as tarefas da casa espírita que frequentam.
Esquecem esses companheiros, que as principais instruções dos Espíritos Superiores para que alguém obtenha relativo sucesso na empreitada a que se propõe na Seara de Jesus são justamente as que propiciem ao médium a maior discrição possível, e a maior vigilância para não ceder às tentações que o rodeiam.
Os Médiuns de grande conceito na área da mediunidade que conhecemos, primam justamente pelo zelo que cultivam em se distanciarem da fama e do exibicionismo pernicioso, pois, como pessoas que detêm o conhecimento da faculdade mediúnica, sabem perfeitamente que se não se mantiverem em sintonia afinada com os Bons Espíritos, estarão se candidatando ao envolvimento com espíritos de baixo teor vibratório, ou seja, serão manipulados por criaturas interesseiras, ignorantes e muitas vezes perversas, que os conduzirão ao abismo das dores e dos sofrimentos.
Por essa razão é que o espírita consciente, jamais se descuida do estudo acurado dos postulados espíritas, doutrina consoladora e esclarecedora, que vê na razão e no bom senso, os roteiros mais seguros a serem seguidos, por quem não pretende se deixar levar pela lábia envolvente de pseudo-sábios, ou de falsos profetas dos dois planos da vida, que tentarem influenciá-lo.
Em O Livro dos Médiuns, podemos destacar entre tantas, a informação sábia dos Emissários da Espiritualidade Superior, que abaixo transcrevemos: “227. Se o médium, do ponto de vista da execução, não passa de um instrumento, exerce, todavia, influência muito grande, sob o aspecto moral. Pois que, para se comunicar, o Espírito desencarnado se identifica com o Espírito do médium, esta identificação não se pode verificar, senão havendo, entre um e outro, simpatia e, se assim é lícito dizer-se, afinidade. A alma exerce sobre o Espírito livre uma espécie de atração, ou de repulsão, conforme o grau da semelhança existente entre eles. Ora, os bons têm afinidade com os bons e os maus com os maus, donde se segue que as qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a natureza dos Espíritos que por ele se comunicam. Se o médium é vicioso, em torno dele se vêm grupar os Espíritos inferiores, sempre prontos a tomar o lugar aos bons Espíritos evocados. As qualidades que, de preferência, atraem os bons Espíritos são: a bondade, a benevolência, a simplicidade do coração, o amor do próximo, o desprendimento das coisas materiais. Os defeitos que os afastam são: o orgulho, o egoísmo, a inveja, o ciúme, o ódio, a cupidez, a sensualidade e todas as paixões que escravizam o homem à matéria.” 1
Que busquemos todos nós que nos dizemos seguidores do espiritismo, nas obras da codificação e nas demais de reconhecido conteúdo doutrinários os verdadeiros ensinamentos que precisamos ter para que cada vez mais e melhor nos candidatemos ao serviço na Seara de Jesus, certos de que a nossa responsabilidade pelas obras que efetivamente realizarmos nos esperarão com a devida retribuição em bênçãos ou desditas, mas cedo ou mais tarde, pois, a Justiça Divina nos convocará por intermédio da nossa própria consciência à prestação de contas das tarefas sob nossa responsabilidade, no concerto universal da melodia do amor e da paz que há de ser executada um dia em sua plenitude sublime por todos os corações evangelizados e moralizados regidos pelo próprio Jesus Cristo.