Autora: Helena Santos
Nossa sociedade ainda não venceu o antigo e místico medo dos Espíritos, baseado na mentira de que nos pegam, judiam e matam.
Filmes de terror, livros e novelas que usam dessas inverdades, por desconhecimento ou para atrair público, não são encarados como fantasia e sim como possibilidade real.
Provavelmente livros antigos de magia e mistérios provocam, ainda, esse medo, que pode até estar resgatando ideias e situações mal resolvidas de vidas passadas.
Sendo o medo a crença no mal, certamente combina com o pensamento de que Espíritos podem nos atacar e ferir.
Combina, mas é uma falácia, porque não há uma relação direta entre crer no mal e a existência de Espíritos ou sua comunicação conosco. Isso porque há Espíritos de todos os níveis evolutivos e de todas as nuances morais, ou seja, se alguns são maus os demais não são.
Pelo Espiritismo, aprendemos que os Espíritos não podem agir sobre nós, a não ser mentalmente, pelos pensamentos que acolhemos. Por isso, ao aceitar o medo e a possibilidade de nos prejudicarem fisicamente, estamos abrindo nosso campo mental e o emocional para que ajam, fortalecendo esse medo; o qual faz emanarmos energias de que se aproveitam, roubando-as e nos enfraquecendo, num ciclo vicioso: medo-enfraquecimento-medo- enfraquecimento…
Providenciemos diálogos democráticos com crianças e jovens, elucidando-os e até lendo textos de O Livro dos Médiuns, para que se compenetrem de que são seus pensamentos que abrem ou impedem espaço às ideias medrosas que dão acesso a Espíritos maldosos ou oportunistas.
Observe seus filhos, alunos, parentes desde pequenos, para conhecê-los e apoiá-los nos seus aspectos frágeis. Dentre os quais o medo do escuro, de dormirem sozinhos e, lógico, de “fantasmas”. Procure descobrir se aprenderam isso com a família ou se sua sensibilidade mediúnica está aflorada e estão percebendo presenças que não sabem entender.
Esclareça-os, seja qual for a situação, para que possam viver seguros e em paz; e sentirem alegria se forem médiuns.
Ajudemos a distinguir o que sentem ao ver, ouvir, sentir a presença de Espíritos: assustou-se? É algo diferente? Ficou inseguro? Ficou nervoso? Teve dificuldade de identificar o que ocorria? …
Todas essas sensações não são medo. Fala-se medo por hábito, mas não é; e esse sofisma cultivado socialmente, pode prejudicar e muito, perturbando e impedindo a possibilidade de haver o necessário domínio do que ocorre!