Autora: Eugênia Pickina
O resultado mais sublime da educação é a tolerância
Helen Keller
Na roda das mães, escuto alguém dizer: “meu filho é orientado a seguir a linha do ‘bateu, levou’.”
Óbvio. Essa mãe quer o bem do seu filho, acredita que isso o poupará da agressão do coleguinha na escola. O que ela não percebe é que essa atitude, de ensinar o filho a revidar, estimula a violência e dá sustentação a comportamentos agressivos.
A criança que é incentivada a revidar passa a entender (e a treinar) que a violência é uma solução para resolver conflitos – e isso é uma falácia, pois a violência por si mesma só gera mais problemas, alimentando uma sociedade intolerante e permeada por práticas violentas, vingativas, ressentidas.
Se na escola seu filho está a sofrer violência por parte de algum colega, peça-lhe que busque ajuda de um adulto (professor, coordenador, funcionário) para ser protegido de maneira eficiente. Além disso, procure a escola para relatar o ocorrido, solicitando algum tipo de posicionamento. Você pode ainda sugerir à escola a oferta de palestras ou cursos sobre educação não violenta para os pais.
Em casa, no dia a dia, eduque seu filho de maneira firme, com regras, mas nunca usando a violência. Filhos sempre espelham o comportamento dos pais…
No dia a dia, é importante não esquecer: assim como gentileza gera gentileza, violência gera violência. Nós, adultos, temos o dever de ensinar nossos filhos a usarem o diálogo para resolver as diferenças. Nossos atos devem refletir tolerância, paciência, em vez de grosseria, agressão…
É um fato: não precisamos gostar de todo mundo, mas é nosso dever cristão respeitar as pessoas e colaborar para que nossos filhos cresçam disponíveis para contribuir com uma sociedade mais tolerante, paciente, segura e pacífica.
O consolador – Ano 17 – N 837 – Cinco-marias