Autora: Teresinha Olivier
Chegamos a um momento das nossas existências no qual não podemos mais ignorar a necessidade e a urgência, que já desperta em nós, de trabalharmos a nossa renovação interior.
Começamos a compreender que, para sermos mais felizes e mais saudáveis, precisamos transformar em nós aquilo que promove a tristeza e a doença, pois como nos ensinam os espíritos, a infelicidade é proporcional à imperfeição espiritual.
O que nos torna infelizes e doentes são os pensamentos e sentimentos ligados à negatividade, à inferioridade como a inveja, o ciúme, a ganância, o rancor, o ódio, a mágoa, sentimentos próprios da criatura que não despertou ainda para os valores do Espírito imortal. O que nos torna infelizes e doentes está dentro de nós mesmos, e não fora, como muitas vezes pensamos.
Os problemas externos nos desequilibram quando não temos o amadurecimento necessário para compreendê-los e aceitá-los como situações próprias do mundo em que vivemos e necessários ao nosso aprendizado e crescimento espiritual. Vemos que, mesmo diante de fatores externos, a forma como vemos e sentimos esses fatores, portanto, a nossa condição íntima, é que nos torna mais ou menos infelizes.
A sabedoria da vida não é sermos felizes somente quando tudo está harmonioso à nossa volta e sim sermos felizes apesar do que acontece à nossa volta. Os Espíritos verdadeiramente elevados não se perturbam diante dos problemas exteriores, porque os compreendem, os aceitam e tiram deles todo o proveito para a aquisição de experiências valiosas.
Somente compreenderemos isso quando entendermos que a verdadeira felicidade é a perfeita harmonia interior e não os momentos de euforia passageira que experimentamos de vez em quando.
Os espíritos que já conquistaram essa harmonia, quando se veem diante de problemas que os atingem, ou aos seres que amam, podem até sentir tristeza e dor, porém não perdem o equilíbrio e a serenidade ao vivenciá-los.
As criaturas ainda alimentadas pelos enganos do mundo costumam desejar facilidades e comodidades como fatores de felicidade. São como crianças que só se preocupam com as brincadeiras, que não sabem ainda ver no estudo e no trabalho, assim como na disciplina, o sucesso do seu futuro. Os Espíritos que ainda se encontram na infância espiritual, quando têm de enfrentar lutas, dificuldades, desafios se assustam e se deixam levar para a revolta ou para o desânimo, perdendo, assim, a oportunidade de aprendizado e crescimento que aqueles desafios lhes estavam proporcionando.
Não sabem que o progresso moral e intelectual acontece quando oportunidades de superação de situações difíceis surgem na vida. É quando colocamos em ação as nossas potencialidades, para a resolução dos problemas e exercitamos, então, novas faculdades morais e intelectuais.
Como vamos aprender sem vivenciarmos situações desafiadoras?
Como vamos chegar à superioridade espiritual que nos espera sem vencermos as limitações, tanto morais como intelectuais, que nos prendem à inferioridade?
Somos espíritos imortais criados para a perfeição. Nosso aprendizado se faz por estágios, por degraus que vamos galgando gradativamente. Não podemos fugir das experiências que estimulam a nossa criatividade, temos que compreendê-las, aprender com elas e superá-las, tirando delas a lição que precisamos. Podemos tentar fugir ou ignorar esse processo por algum tempo, porém, pela lei inflexível do progresso, mais cedo ou mais tarde nos vemos na contingência de nos submeter a elas.
Dica
A autora participa semanalmente dos grupos de estudos online, abaixo. Se tiver interesse em participar também, são abertos para todos os públicos.