Autor: Pedro de Alcântara (espírito)
*
Pode o céu do desterro ser tão belo,
Quanto o céu do país em que nascemos;
Nada faz com que o nosso desprezemos,
Acalentando o sonho de revê-lo.
*
Todo o nosso ideal pomos no anelo
De regressar, e voando sobre extremos,
Com o pensamento ansioso percorremos
Nosso amado rincão, lindo ou singelo.
*
Jaz no desterro a plaga da amargura,
De acerba pena ao pobre penitente,
De amaro pranto da alma torturada;
*
A alegria no exílio é desventura,
É a saudade na ânsia mais pungente
De retornar à pátria idolatrada.
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo