Autor: Olavo Bilac (espírito)
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Tristemente, Jesus fitando os céus, em prece,
Vê descer da amplidão o Arcanjo da Agonia,
Cuja mão luminosa e terna lhe trazia
O cálix do amargor, duríssimo e refece.
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– “Se puderdes, meu Pai, afastai-o!…” – dizia,
Mas eis que todo o Azul celígeno estremece;
E do céu se desprende uma doirada messe
De bênçãos aurorais, de Paz e de Alegria.
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Paira em todo o recanto a vibração sonora
Do Amor e o Mestre já na sede que o devora,
De imolar-se por fim nas aras desse Amor,
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Sente a Mão Paternal que o guia na amargura,
E sublime na fé mais vivida, murmura:
– “Que se cumpra no mundo o arbítrio do Senhor!…”
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo