Autor: Augusto dos Anjos (espírito)
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Na ilusão material da carne espúria,
Sob o acervo das células taradas,
Choram de dor as almas condenadas
Ao cárcere de lágrima e penúria.
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Entre as sombras das míseras estradas,
Vê-se a guerra da inveja e da luxúria,
Esfacelando com medonha fúria
O coração das almas bem formadas.
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É nesse turbilhão de dor e de ânsia
Que o homem procura a eterna substância
Da verdade suprema, alta, imortal.
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Deixando corpos pelos cemitérios,
A alma decifra o livro dos mistérios
De luz e amor da vida universal.
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo