Autora: Silvia Ap. Machado
…subtamente, me dei conta de que aquela pequena ervilha bela e azul era a Terra. Estiquei meu polegar e fechei um olho. E meu polegar tampou completamente o planeta Terra. Eu não me senti gigante, mas muito, muito pequeno. (Neil Armstrong – 1° homem a pisa na lua)
População que cresce, florestas que somem, calor cada vez maior, aves e animais ameaçados, água escassa. Tudo isto a nossa volta e que nos leva a crer que estamos e estaremos vivendo num planeta em crise.
Onde?
O nosso grande planeta azul. Sim, pois uma das grandes ameaças ao ambiente para todas as espécies é a contínua destruição da camada de ozônio (uma proteção contra os raios ultravioletas vindos do Sol). Há cerca de quase 30 anos, descobriu-se que essa camada começou a ficar mais fina no céu da Antártica. Atualmente ela está de 20% a 30% menor e, no Ártico, já aparece.
O grande inimigo do ozônio é o clorofluorcarbono (CFC) que é um gás sintético usado em aerossóis. Na estratosfera, os raios ultravioletas decompõem o CFC e liberam cloro, que se junta ao ozônio e forma o oxigênio que não consegue proteger a Terra dos próprios raios ultravioletas. A queima de combustíveis fósseis, queimadas nas florestas, desflorestamento e depósitos de lixo liberam gases estufa na atmosfera (CO2 – dióxido de carbono pela poluição de carros e indústrias; CH4 – gás metano através de depósitos de lixo, por exemplo).
Pesquisas realizadas comprovaram que na concentração de animais ruminantes (pastos) há uma liberação muito grande de gás metano, que é um dos que contribui na destruição da camada de ozônio e que contribui para o famoso “efeito estufa”.
No ano passado, precisamente 16 de fevereiro, o Protocolo de Kyoto deveria entrar em vigor. Para ser colocado em prática, seria necessário reunir a assinatura dos 55 países responsáveis por 55% das emissões mundiais de dióxido de carbono (CO2), o principal causador do efeito estufa. Esse tratado foi estabelecido em 1997 na cidade de Kyoto, no Japão, e assinado por 84 países. Destes, 30 já o transformaram em lei. Enquanto isso, os Estados Unidos, maior emissor de CO2 do planeta, está irredutível e prevendo a redução da emissão de gases por meio de investimento tecnológico, o que não deve mudar muito o que é hoje.
E cada um de nós, como podemos ajudar a evitar, ou amenizar, o efeito estufa?
Já deu para perceber que o problema do aquecimento global só vai ser resolvido com mudanças de larga escala, mas isso não quer dizer que cada um vai ficar parado colocando a culpa nos outros.
Segundo a superconceituada revista do meio científico New Scientist, cada um pode ajudar a esfriar o mundo. Basta seguir algumas sugestões:
Use ônibus e metrô:
Substituir o automóvel por 30km mensais já reduz uma tonelada e meia por ano de gases do efeito estufa
Menos carne:
Cortar duas refeições por mês baseados em carne e derivados do leite reduz a emissão de gases da sua família por um terço de tonelada (flatulência do gado contribui muito para o efeito estufa)
Vá devagar:
Andar alguns km/h abaixo do limite de velocidade – em vez de ultrapassá-lo – economiza combustível e reduz emissões. A substituição por gás natural corta mais de 20% dos efeitos maléficos.
Adube sua horta:
Cada quilo de restos de alimentos jogado no lixo produz dois quilos de metano – um gás 20 vezes mais destrutivo que o CO2 – depois de ser decomposto por bactérias. Dois terços dos alimentos descartados poderiam ser reaproveitados como adubo ou como vitamina, o que não só faz bem as plantas como diminui as emissões.
Pratique os três erres:
Reduzir, reutilizar e reciclar. Reduza o consumo excessivo de produtos e a energia gasta para produzi-los. Quando não se pode, reutilize materiais como embalagens e sacos de supermercados que podem poluir um bocado. Se não, recicle: você não economiza a energia gasta para produzir o produto, mas ao menos poupa matéria prima.
Refletimos
Em 2005 a temperatura média da Terra foi a mais alta dos últimos 100 anos. É o aquecimento global em ação…
E aí, que contribuição podemos dar?
Fazemos parte de um grupo que tem como objetivo o melhoramento, ético filosófico, científico, religioso, onde o aprimoramento moral, o crescimento, as experiências são a alavanca que nos impulsiona sempre para frente. E se nossos objetivos são esses, não podemos ficar estagnados, vendo o mundo passar, vendo o nosso planeta escurecer. “Brilhe a vossa luz” disse o Mestre. Deixemos brilhá-la. Não importando tamanho de cada uma. Todas brilham e, se brilham, são exemplos para aqueles que ainda não conseguem iluminar-se.
Através dos conhecimentos adquiridos dentro da codificação espírita, podemos e devemos passar para o nosso próximo o exemplo. Somos todos responsáveis. Não fiquemos por esperar o que outros resolvam. O planeta pede ajuda. Deixemos que a sua casa azul não se apague.