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O Cálice

Autor: Alma Eros (espírito)

*

A chuva benéfica e abundante cai dos céus

Mitigando a sede da terra.

Assim também, o Amado faz chover sobre os homens

Os poderes e as bênçãos.

No entanto, choras e desesperas…

Por que não recolheste a tempo a tua parte?

– Nada vi – responderás…

É porque teus olhos estavam nevoados na atmosfera do sonho.

*

O Senhor passa todos os dias,

Distribuindo os dons celestiais,

Mas as ânforas do teu coração

vivem transbordando de substâncias estranhas.

*

Aqui, guardas o vinagre dos desenganos,

Acolá, o envenenado licor dos caprichos.

O Amado é incapaz de violentar a tua alma.

Seu carinho aguarda a confiança espontânea,

Seu coração freme de júbilo,

Na expectativa de entregar-te os tesouros eternos…

Mas, até agora,

Persegues a fantasia e alimentas curiosamente a ilusão.

Todavia, o Amado espera.

E dia virá,

Na estrada longa do destino,

Em que estenderás ao seu amor infinito

Nota

A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo

Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo

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