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O mais importante pilar da educação

Autor: Marcus De Mario

Já escrevemos sobre o assunto, mas agora vamos destacar um pilar educacional que consideramos essencial, sem o qual a educação não consegue atingir plenamente sua finalidade. Antes de colocar esse pilar à vista de todos, e para bem sustentá-lo, vamos recordar os pilares da educação até aqui estudados e divulgados, apresentando uma síntese sobre os mesmos.

Os quatro primeiros pilares da educação foram apresentados pela Unesco através do Relatório da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors, editado em forma de livro sob o título Educação: Um Tesouro a Descobrir. São quatro pilares:

Aprender a Conhecer – adquirir instrumentos de compreensão.

Aprender a Fazer – para poder agir sobre o meio envolvente.

Aprender a Viver Juntos – cooperação com os outros em todas as atividades humanas.

Aprender a Ser – conceito principal que integra todos os anteriores.

Em seguida temos mais três pilares da educação, estes apresentados pelo educador José Pacheco, voltados especificamente para a escola, e que são os seguintes:

Aprender a Desaprender – para vencer o que nos encerra e aliena.

Aprender a Desobedecer – porque a maior parte dos normativos que regem o funcionamento das escolas são desvarios teóricos.

Aprender a Desaparecer – fomentar autonomia nos grupos humanos em que participarmos.

Nossas escolas não conseguiram colocar em prática esses sete pilares da educação, estão muito longe dos seus fundamentos, conceitos e práticas. Prevalece a escola burocrática, conteudista, tradicional, onde o mais importante é dar aula, preparar para exames e concursos, fazer provas e lançar notas.

Os sete pilares da educação aqui apresentados são importantes, entretanto nenhum deles é a essência do processo educacional. A essência, o fundamento, está num oitavo pilar:

Aprender a Amar – desenvolvimento do sentimento com relação a si mesmo, ao outro e à vida.

O amor é o fundamento da educação, e o que mais estamos necessitando aprender é nos amarmos, fazendo ao outro somente o que gostaríamos que o outro nos fizesse, regra clara, objetiva e de total profundidade, aliás, regra de ouro da educação.

Tanto o pilar essencial quanto a regra de ouro da educação devem ser aplicados na família e na escola, os dois institutos básicos de formação das novas gerações, e essa aplicação não pode mais ser adiada, pois vivemos um momento de crise moral profunda, onde os valores de vida estão sendo revisitados, mas nem sempre com parâmetros adequados.

Aprender a amar vai nos levar para questões morais que teimamos em colocar debaixo do tapete, quando não podemos dissociar o desenvolvimento cognitivo do desenvolvimento afetivo. Somos seres integrais dotados de psiquismo, de um elemento espiritual que não pode ser desprezado, e aqui não estou entrando no campo da religião, pois falar de ser integral, mesmo de alma, não é exclusividade das doutrinas religiosas, e precisa estar presente na educação.

De todos os pilares da educação, todos importantes, não temos dúvida: sobressai e permanece sempre o aprender a amar.

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