Autor: Wagner Ideali
Por isso vos digo que todas as coisas que pedirdes, orando, crede receber, e tê-las-eis
Marcos – cap.XI: V.24
N’O Evangelho segundo o Espiritismo, no capítulo XXVII, temos uma passagem de Jesus que afirma: Pedi e obtereis. Ao ler essa passagem ficamos aqui pensando sobre a oração, nos levando a uma reflexão sobre o orar e a fé.
Aprendemos na Doutrina espírita que Deus é a Inteligência Suprema do Universo e que tudo segue conforme seus desígnios, assim sendo, por que orar pedindo, pois, como o próprio Evangelho nos diz, na passagem de Marcos – Cap. VI: v. 5 a 8, vosso Pai sabe do que necessitais antes de o pedirdes. Além disso aprendemos na Doutrina espírita sobre a Lei de ação e reação, que nos ensina sobre o processo do merecimento em nossas vidas. Também aprendemos que o agradecimento que ocorre nas nossas orações tem um valor espiritual muito profundo, se assim podemos afirmar, pois realiza mudanças em nosso ser sempre que agradecemos, porque nos envolve em um halo energético sem precedentes. O ato de agradecer deveria ser uma constante em nossas vidas. A gratidão nos envolve de energia positiva muito salutar para o nosso equilíbrio. O agradecer não se limita apenas nas palavras proferidas, mas no sentimento profundo que exalamos, ao pensar dentro do aspecto da gratidão.
Ficamos naquela bifurcação entre pedir, mas já sabemos que Deus conhece as nossas reais necessidades, ou agradecer, que é um ato de amor com a vida e com Deus.
O que devemos fazer nas nossas orações? Entendemos que a gratidão sentida no fundo do nosso coração é verdadeiramente um ato de humildade. Uma profunda ligação entre a criatura e o Criador e, portanto, deveria ser trabalhada dentro de nós, e fazer parte de nosso dia a dia. Procurar ter esse sentimento dentro de nossos pensamentos mais assertivos.
O ato de pedir, que num primeiro momento pode até parecer um ato de falta de fé na Providência Divina, também pode demonstrar que acreditamos Nele e nas Suas Potencialidades, pois entendemos que essa atitude denota uma posição de humildade da criatura para com o Criador. Na nossa súplica a Deus mostramos nossa fraqueza e o reconhecimento das nossas limitações frente à vida.
Quando o Mestre Maior, Jesus, nos convida à prece para pedir e nos afirma que iremos obter aquilo que pedimos, não está dizendo que vamos obter da forma que pedimos, mas sim nos serão dadas as condições para a correção, ou nos será dado aquilo de que realmente precisamos, de uma forma que nos serão apresentados ao longo de nossa vida caminhos para a solução e obtenção das nossas reais necessidades.
O ato de pedir mostra nossa fé em Deus e não o contrário, pois sabemos que Ele não se esquece dos seus filhos. As dificuldades da vida são lições para o nosso desenvolvimento, como nos ensina a Doutrina espírita, e não um castigo como podem pensar alguns, portanto, pedir essa ajuda não tem qualquer ato de falta de fé, mas uma busca de coragem e ajuda para a solução dessas dificuldades.
O que nos deixa muitas vezes numa posição de sofrimento é, sem dúvida, o receio de não chegar a cabo da solução, talvez por medo, preguiça ou falta de confiança em nós mesmos.
Na alegria, muitos de nós nos esquecemos de agradecer, mas é nessa hora que podemos mostrar também o nosso Amor, reconhecimento e fé em Deus. Assim precisamos aprender a exercitar a gratidão em tudo à nossa volta.
Na dor, na tristeza e nos momentos de dificuldade, vamos também agradecer o aprendizado no qual estamos atravessando naquele momento.
Quando estamos orando, estamos pedindo humildemente a Deus que nos mostre o caminho para que encontremos a solução dos problemas. Podemos então perceber que é sem dúvida um importante ato de estabilidade emocional e espiritual, pois estamos pedindo de coração aberto, cheio de fé e esperança. Existe uma frase atribuída ao nosso querido Chico, que, sendo dele ou não, encerra uma verdade: Tudo o que é seu encontrará uma maneira de chegar até você…
Assim sendo, vamos orar sempre, tudo aliado com muito trabalho, amor e fé.
Pedimos ao Mestre Jesus que continue abençoando todos nós hoje e sempre…
O consolador – Artigos