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Os Espíritos durante os combates

O Livro dos Espíritos

Fonte: Parte Segunda – Do mundo espírita ou mundo dos espíritos

Capítulo IX – Da intervenção dos espíritos no mundo corporal

Nota Juventude Espírita: As perguntas abaixo foram feitas por indivíduos encarnados e respondidas por espíritos.

Os Espíritos durante os combates

541. Durante uma batalha há Espíritos assistindo e amparando cada um dos exércitos?

“Sim, e que lhes estimulam a coragem.”

Os antigos figuravam os deuses tomando o partido deste ou daquele povo. Esses deuses eram simplesmente Espíritos representados sob forma alegórica.

542. Estando, numa guerra, a justiça sempre de um dos lados, como pode haver Espíritos que tomem o partido dos que se batem por uma causa injusta?

“Bem sabeis haver Espíritos que só se comprazem na discórdia e na destruição. Para esses, a guerra é a guerra. A justiça da causa pouco os preocupa.”

543. Podem alguns Espíritos influenciar o general na concepção de seus planos de campanha?

“Sem dúvida alguma. Podem influenciá-lo nesse sentido, como com relação a todas as concepções.”

544. Poderiam maus Espíritos suscitar-lhe planos errôneos com o fim de levá-lo à derrota?

“Podem; mas não tem ele o livre-arbítrio? Se não tiver critério bastante para distinguir uma ideia falsa, sofrerá as consequências e melhor faria se obedecesse, em vez de comandar.”

545. Pode, alguma vez, o general ser guiado por uma espécie de segunda vista, por uma visão intuitiva, que lhe mostre de antemão o resultado de seus planos?

“Isso se dá amiúde com o homem de gênio. É o que ele chama inspiração e o que faz que obre com uma espécie de certeza. Essa inspiração lhe vem dos Espíritos que o dirigem, os quais se aproveitam das faculdades de que o veem dotado.”

546. No tumulto dos combates, que se passa com os Espíritos dos que sucumbem? Continuam, após a morte, a interessar-se pela batalha?

“Alguns continuam a interessar-se, outros se afastam.”

Dá-se nos combates o que ocorre em todos os casos de morte violenta: no primeiro momento o Espírito fica surpreendido e como que atordoado. Julga não estar morto. Parece-lhe que ainda toma parte na ação. Só pouco a pouco a realidade lhe surge.

547. Após a morte, os Espíritos que como vivos se guerreavam continuam a considerar-se inimigos, e se conservam encarniçados uns contra os outros?

“Nessas ocasiões o Espírito nunca está calmo. Pode acontecer que nos primeiros instantes depois da morte ainda odeie o seu inimigo e mesmo o persiga. Quando, porém, se lhe restabelece a serenidade nas ideias, vê que nenhum fundamento há mais para sua animosidade. Contudo, não é impossível que dela guarde vestígios mais ou menos fortes, conforme o seu caráter.”

a) – Continua a ouvir o rumor da batalha?

“Perfeitamente.”

548. O Espírito que, como espectador, assiste calmamente a um combate observa o ato de separar-se a alma do corpo? Como é que esse fenômeno se lhe apresenta à observação?

“Raras são as mortes verdadeiramente instantâneas. Na maioria dos casos, o Espírito cujo corpo acaba de ser mortalmente ferido não tem consciência imediata desse fato. Somente quando ele começa a se reconhecer é que se pode distinguir o Espírito, a mover-se ao lado do cadáver. Parece isso tão natural, que nenhum efeito desagradável causa a vista do corpo morto. Tendo-se a vida concentrado inteiramente no Espírito, só ele prende a atenção dos outros. É com ele que estes conversam, ou a ele é que fazem determinações.”

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Este conteúdo faz parte de “O Livro dos Espíritos” e reúne os ensinos dos Espíritos Superiores através de médiuns de várias partes do mundo. Independentemente de crença ou convicção religiosa, a leitura de “O Livro dos Espíritos” será de imenso valor para todos, porque trata da existência de Deus, da imortalidade da alma, da natureza dos Espíritos, de suas relações com os homens, das leis morais, da vida presente, da vida futura e do porvir da Humanidade, assuntos de interesse geral e de grande atualidade. Para conhecer mais Clique Aqui

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