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Pensamentos agrupados e interinfluentes

Autora: Cristina Sarraf

Pensamos e os pensamentos criam sentimentos, modos de ser e fatos. Os modos/maneiras de ser nos mantém com os mesmos pensamentos e os mesmos pensamentos nos mantém no modo de ser; isso nos fixa num certo teor vibratório mental. Num campo ou faixa vibracional…

A lei do pensamento é a expansão. Isto é, nós Espíritos pensamos e esse pensamento qualifica o perispírito, produz “químicas” correspondentes no corpo físico e se expande para o ambiente. Portanto, o pensamento não fica só conosco, não se limita em nós, mas ao se expandir liga-se, associa-se a outros semelhantes a ele. Agrupa-se por similaridade.

Pensamentos ligados, associados, agrupados, são uma faixa vibratória, um campo de energia percorrendo o astral. Também chamamos de corrente ou onda vibratória, cuja qualidade é aquela dos pensamentos que a originaram.

Algo semelhante às ondas de rádio, TV, internet; ou mesmo de ar e correntes marítimas.

Isto significa que, da mesma forma que a atmosfera física, também a fluídica não é uniforme e sim composta dessas correntes que não vemos, mas existem.

Costuma-se denominar a atmosfera fluídica de astral, por congregar correntes de pensamentos de encarnados e desencarnados. Mas o astral não é um todo, uma coisa só, pois além de composto é mutável e relativo aos seus formadores.

Dizemos, genericamente, o astral da cidade, o astral do lar, astral bom, astral pesado…. significando o conjunto de correntes existentes e a qualidade predominante num certo ambiente, local e ocasião.

Assim, há uma variação inimaginável de correntes vibratórias, formando um astral específico, como por exemplos correntes dos de boa vontade, dos medrosos, dos que gostam de cozinhar, dos autoritários, dos musicistas, dos atletas, dos que cuidam dos animais, dos preguiçosos… Essas características especificam-se, como a faixa dos que tem medo de tudo, dos medrosos com a morte, dos que tem medo de ladrão, de doença…

Participamos de várias delas, como por exemplo: a dos espíritas que temem ser castigados por Deus, honestos, que gostam de arte e tem seu ponto chave na família; dos que trabalham com amor, são estudiosos, não gostam de briga e nem de exercício físico; dos….  Há uma variedade infinita.

Por estarmos inseridos nessas faixas ou campos vibratórios, participamos de tudo que eles contêm e estabelecemos ligações com todos aí sintonizados, sem perceber isso. Ou seja, os pensamentos são agrupados e interinfluentes. Sejam bons ou maus.

A prova está no fato de que, ao escolhermos algo para nos dedicar, uma grande quantidade de ideias, sugestões, avisos, oportunidades, inspirações, nos chegam sobre esse assunto, sem sabermos como. É que estando nessa faixa, tudo que há nela vem para nós, nos envolve e influência. Até pessoas desconhecidas nos trazem colaboração, como se fosse um acaso ou coincidência.

Para verificar esse fato, por exemplo, cultive a ideia de que você é uma pessoa ótima; ou então, de que você é uma pessoa que não tem problemas, porque em tudo só vê oportunidades de crescimento pessoal; ou de que você é uma pessoa para quem tudo dá certo; ou…

Comece a dizer uma dessas frases, para si mesmo, e note as resistências que sobem da mente condicionada a nos censurarmos, nos “pormos pra baixo”, ou seja, nos mantemos na faixa dos maledicentes, dos derrotistas, dos culpados, ….

Mas persista. Não dê atenção a esses pensamentos negativos que querem predominar. Assim aprenderá essa nova forma de pensar e aos poucos tudo vai mudar em sua vida.

Por quê? Porque terá outro teor mental e portanto, mudará de faixa/campo de vibração, ou seja, alterará para melhor a sua qualidade energética, as sintonias e a saúde física.

Só exercitando e observando podemos nos apropriar desse conhecimento, pondo-o a funcionar a nosso favor. E com ele caem por terra as ideias ilusórias de que seremos eternos pedintes de proteção, ajuda e socorro espiritual.

É cuidar de si! Já somos adultos o suficiente, física e moralmente. Ou não?

Como essas correntes se fazem naturalmente, pela lei das afinidades, não adianta querer destruí-las, por mais malignas e desviadoras dos bons propósitos que sejam. Certamente não conseguiremos mudar a postura de centenas de milhares de pessoas e Espíritos que a compõem e alimentam essa interinfluência com seus pensamentos e atitudes.

O que temos a fazer, é sair daquela que percebemos não ser boa para nós. Ou seja, é só mudar o pensamento!

Usando do arbítrio que temos, sairemos da corrente ou campo mental dos maledicentes, dos depressivos, dos pessimistas, dos doentes, dos maldosos, dos maliciosos, dos hipócritas, dos aproveitadores, dos dissimulados…  quando observarmos o quanto os pensamentos que nos inserem neles, estão nos prejudicando!

Somente a vontade legítima tira alguém de uma corrente vibratória, na medida em que a engrossamos por escolha de como pensar, e temos nos mantido assim… Nem Deus poderá fazer isso por nós!

Saímos quando mudamos o pensamento que nos insere nela! É simples assim! E automático!

Mudou o pensamento, mudou de faixa vibratória, na hora! Para melhor ou pior….

No entanto, se a mudança é imediata, faz-se necessário que pela vontade, nos mantenhamos na nova faixa, correspondente ao novo pensamento que queremos cultivar.

Um astral pesado ou ruim, é formado por correntes que se caracterizam por serem maldosas e negativas. Um astral energeticamente leve e nutritivo, só pode ser formado das de pensamentos, construtivos, alegres e benéficos. É escolher!

Nenhum de nós é determinado a ficar em tal ou qual astral e muito menos, nenhum deles nos é vedado. Podemos entrar e sair livremente de todos e até iniciarmos algum, com um tipo diferente de pensamento. Não há elitismo ou separatismo, falando em campos vibratórios. Temos acesso a todos, inclusive aos elitistas, aos preconceituosos e aos marginalizadores….

O que importa é a auto-observação amorosa, para conseguir perceber que tipo de ideias, sugestões e condutas estão fluindo e se repetindo nos nossos dias. E decidir se é essa a qualidade que queremos para nós mesmos.

O arbítrio livre que todos possuímos, não serve apenas para escolher o que comprar e fazer. É usado, mesmo sem que notemos, em tudo que nos diz respeito; inclusive para permanecer ou sair de certas sintonias mentais e das correntes vibratórias resultantes. Ou seja, para escolher conscientemente, que tipo de vida queremos ter e com quem queremos partilhá-la.

Jornal do NEIE

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