Autor: Cornélio Pires (espírito)
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Vão aqui algumas notas,
Meu caro Celso Proença,
As notas de muito pouco
Do que sei sobre doença.
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Esta verdade sabida
Não se deixa para trás:
Cada pessoa na vida
Encontra aquilo que faz.
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Cada qual colhe o que planta,
Eis o ponto a que me alinho.
Cada um colhe no tempo
O que deixou no caminho.
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Temos nós neste princípio
Sem que ninguém o degrade
A chave de solução
Dos casos de enfermidade.
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Na Terra, muita moléstia,
Posso afirmar sem receio,
Nasce da gula sem pausa
Ou vem da falta de asseio.
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Mas, no mundo, certos males,
Dos mais teimosos que temos,
Por escoras defensivas,
Somos nós que o requeremos.
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Noto aqui, de muito perto,
Almas cansadas e aflitas,
Lutas, juízes, processos
E petições esquisitas.
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Há quem se veja por dentro
E a graves penas se arrime,
Rogando mutilações
Em que se afaste do crime.
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Muita gente que acendia
Guerra, conflito, fogueira,
Suplica berço em penúria
Na provação da cegueira.
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Os corações que traíram
As afeições do passado
Rogam corpo em que se vejam
De sexo torturado.
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Quem procurava escutar
Em louvor da insensatez,
Pede problemas difíceis
Na condição da surdez.
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Alcoólatras delinquentes
Sob remorso profundo,
Rogam rins destrambelhados
Que os façam sóbrios no mundo.
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Muita gente de outras eras
Que de ódio se nutria,
Encontro pedindo berço
Na prova da idiotia.
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Quem cultivava discórdia,
Criando trevas no estudo,
Solicita internação
Em corpo débil e mudo.
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Pense, meu caro, e verá
Sem raciocínios extremos:
Doença que não se arreda
É a ficha do que fizemos.
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Parece contradição,
Mas isto é de lei segura:
A culpa que se contrai
É só doença que cura.
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Nota
Do livro Conversa Firme, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.