Autor: Alphonsus de Guimarãens (espírito)
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Para o Infinito, Deus não representa
A personalidade humanizada,
Pelos seres terrenos inventada,
Cheia, às vezes, de cólera violenta.
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Deus não castiga o ser e nem o isenta
Da dor, que traz a alma lacerada
Nos pelourinhos negros de uma estrada
De provação, de angústia e de tormenta.
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Tudo fala de Deus nesse desterro
Da Terra, orbe da lágrima e do erro,
Que entre anseios e angústias conheci!
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Mas, quanto o vão mortal inda se engana,
Que em sua triste condição humana
Fez a essência de Deus igual a si!
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo