Autor: Casimiro Cunha (espírito)
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Clamas que o tempo está curto;
Contudo o tempo replica:
“Não me gastes sem proveito,
Simplifica, simplifica…”
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É muita conta a buscar-te…
Armazém, loja, botica…
Aprende a viver com pouco,
Simplifica, simplifica…
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Incompreensões, chicotadas?
Calúnia, miséria, trica?
Não carregues fardo inútil,
Simplifica, simplifica…
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Encontras no próprio lar
Parente que fere e implica?
Desculpa sem reclamar,
Simplifica, simplifica…
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Se alguém te injuria em rosto,
Se te espanca ou sacrifica,
Olvida a loucura e segue…
Simplifica, simplifica…
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Recebes dos mais amados
Ofensa que não se explica?
Esquece a lama da estrada,
Simplifica, simplifica…
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Alegas duro cansaço,
Queres casa imensa e rica;
Foge disso enquanto é tempo,
Simplifica, simplifica…
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Crês amparar a família
Pelo vintém que se estica…
Excesso cria ambição.
Simplifica, simplifica…
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Dizes que o mundo é de pedra,
Que as provas chegam em bica;
Não deites limão nos olhos,
Simplifica, simplifica…
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Recorres ao Mestre em pranto
Na luta que te complica
E Jesus pede em silêncio:
Simplifica, simplifica…
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Nota
O poema acima integra o livro Assembleia de luz, obra psicografada por Chico Xavier.