Autor: Cruz e Souza (espírito)
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Quanta vez eu fitei essas fronteiras,
Horizontes, estrelas, firmamentos,
Presa de sonhos e estremecimentos
De esperança, nas horas derradeiras!…
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Ah! meus longínquos arrebatamentos,
Amarguras e dores e canseiras,
Que vos fostes nas lágrimas ligeiras,
Como folhas levadas pelos ventos…
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Quanta vez, abafando os meus soluços,
Como o errado viajor que cai de bruços
Sobre a íngreme estrada da agonia,
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Ensináveis-me a ler a Bíblia santa
Desta vida imortal que se levanta
Numa alvorada eterna de alegria!
Nota
A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo
Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo