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Quanta vez

Autor: Cruz e Souza (espírito)

*

Quanta vez eu fitei essas fronteiras,

Horizontes, estrelas, firmamentos,

Presa de sonhos e estremecimentos

De esperança, nas horas derradeiras!…

*

Ah! meus longínquos arrebatamentos,

Amarguras e dores e canseiras,

Que vos fostes nas lágrimas ligeiras,

Como folhas levadas pelos ventos…

*

Quanta vez, abafando os meus soluços,

Como o errado viajor que cai de bruços

Sobre a íngreme estrada da agonia,

*

Ensináveis-me a ler a Bíblia santa

Desta vida imortal que se levanta

Numa alvorada eterna de alegria!

Nota

A poesia acima, psicografada por Francisco Cândido Xavier, faz parte do livro Parnaso de Além-Túmulo

Obra completa: https://www.febeditora.com.br/parnaso-de-alem-tumulo

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