Autor: Wellington Balbo
Então, o que fazer?
Ao longo do tempo no movimento espírita estabeleci contato com diversos centros espíritas, muito em razão do trabalho realizado no campo da literatura e das palestras, pois que abrem uma boa agenda e contatos com muitos amigos espíritas de todo o nosso país. Isso é bom porque nos enriquece muito, sempre somos nós os maiores beneficiados dos trabalhos que realizamos e isso não tem sido diferente comigo.
Como creio que essas experiências são bem enriquecedoras, trarei uma aqui, para nossa reflexão.
Semana passada, um rapaz, residente numa pequena cidade de Sergipe, procurou-me com a seguinte questão:
“Sou frequentador de uma casa espírita e quero muito ser trabalhador. Como muita gente, porém, eu esbarro na questão que envolve o tempo. Meu tempo disponível para ajudar numa atividade da casa, que ocorre às sextas feiras, é quinzenal, ou seja, posso comparecer a cada 15 dias. Serei fiel a este compromisso quinzenal, todavia a casa espírita diz que só pode me aceitar como trabalhador se eu comparecer semanalmente. Portanto, não posso trabalhar. O que você pensa disso?”
Já que ele perguntou, vamos à resposta:
Todas as instituições, espíritas ou não, para garantir seu bom funcionamento necessitam de regras e disciplina.
Não dá para deixar a coisa solta, como alguns pensam, apenas por se tratar de trabalho voluntário. Contudo, vale lembrar as situações do mundo moderno, a acessibilidade aos locais, a disponibilidade de tempo das pessoas e a informação dos Espíritos de que o limite do trabalho é o das forças, ou seja, há pessoas que têm tempo, condição e força para trabalhar todos os dias, outras pessoas, contudo, não possuem essas mesmas condições, porém estão dispostas a arregaçar as mangas e contribuir com as atividades da casa espírita.
Portanto, cabe também à casa espírita e seus dirigentes o exercício da empatia e da flexibilidade a fim de que ofereçam oportunidade de trabalho, sem, com isso, relaxar e comprometer a disciplina que exige uma tarefa no campo espírita.
Eis aí um desafio ao dirigente espírita.
O consolador – Ano 17 – N 847 – Artigos